Pronto para jogar o clássico
Sob a alegação de resguardar os titulares para a Copa do Nordeste, Eutrópio sinalizou uma escalação reserva no Santa para o clássico do próximo domingo contra o Sport, pelo Estadual. Vitor assegura que não está cansado. A depender dele, está pronto para atuar na Ilha do Retiro. "Eu estou me sentindo bem, mas vou respeitar o que o Vinícius vai decidir", disse.Mas qual o porquê deste bom condicionamento? Vitor conta que tem sido o somatório de alimentação, noites bem dormidas e treinamentos pesados. Cotidiano que adota desde o começo da carreira. "O que eu falo sempre para os meninos mais jovens é para não se preparar só quando chegar a certa idade. Sempre me cuidei, não é de hoje. Começando a se cuidar agora, vai alongar muito a carreira. Sempre me dediquei aos treinos, me alimentei e descansei bem", contou o capitão tricolor. "O pessoal fala até que eu estou velho. Dá 10h30, já estou dormindo e ainda acordo tarde", emendou, aos risos.
Aposentadoria
Vitor, no entanto, não sabe até quando vai suportar a rotina de um atleta de alto nível. Não nega que pensa em pendurar as chuteiras em breve. "Vou fazer 35 anos. Falar que não pensei em aposentadoria é mentira. Ela está próxima. Eu não planejei para quando vai ser. Não tenho ideia. Acho que meu corpo ainda responde bem. Estou suportando uma carga pesada e vou alongar essa minha carreira até onde o corpo aguentar."Projetos para a vida longe dos gramados ainda inexistem. Vitor nutre apenas uma ideia para não abandonar de vez o futebol. "Tenho vontade de revelar alguns talentos, abrir uma escolinha e ir evoluindo os meninos para colocá-los em clubes", previu.
Futebol e gratidão
A paixão pelo futebol não é à toa. Foi graças ao esporte que o lateral deixou uma vida sacrificada no Sertão de Alagoas para alcançar clubes grandes do Brasil, a exemplo de Cruzeiro e Palemeiras."Sai de Delmiro Gouveia e fui morar logo cedo na zona rural, num povoado bem pequeno chamado Alto Novo. Para muitos, o que conquistei pode ser pouco, pode não ser nada. Para mim, é muito significativo", pontuou, orgulhoso.Torcedor declarado dois goianos Crac e Goiás, onde deu os primeiros passos como jogador após sair do Nordeste, Vitor afirma que mantém um "carinho especial" também pelo Santa Cruz. Afinal, no Tricolor conseguiu um acesso, um título Pernambucano e uma Copa do Nordeste, ou seja, metade das conquistas de sua carreira.
Sport e Durval
Entre 2014 e 2015, o jogador defendeu o hoje rival Sport. Era alvo de críticas (assim como chegou a ser também no Santa Cruz). Mas, ao ter contrato encerrado, não foi procurado para uma renovação e começou a vida no Arruda. Ressentimentos do Rubro-negro não guarda. "Saí tranquilo do Sport. Não tenho nada de mágoa. No tempo que vivi lá me trataram muito bem, cumpriram todo o promertido. O meu contrato acabou e tiveram opção de não renovar. Não tem problema algum. Isso é normal em todo clube", julgou.Se deixou a Ilha contestado e sem títulos, no Sport fez uma amizade duradoura com Durval, até hoje no Sport. Não é fácil imaginar uma conversa com muitas delongas entre os dois "caladões". Mal se veem para trocar uma ideia, é verdade. Vitor, porém, garante que a "resenha" com o zagueiro rubro-negro é boa quando ambos têm a oportunidade de se enconrar.
O último encontro foi no primeiro clássico do Pernambucano, no Arruda. Apimentado pelas declarações polêmicas de Everton Felipe, o jogo foi marcado por entradas violentas, confusões e bate-boca entre quase os jogadores tricolores e rubro-negros. Vitor e Durval estavam alheios àquele clima inflamado. Trocavam petelecos um com o outro, cochichavam, sorriam. O motivo de tanta brincadeira, Vitor "não pode falar". Prefere prever um novo "duelo" com o amigo no domigo. "Trabalhei com Durval e a gente fez amizade boa. A gente não conversa muito. Fora de campo é difícil de se encontrar, mas a gente se dá muito bem e existe um carinho de um para o outro."