COMANDO
Volta de técnicos a seleção é comum no futebol mundial, mas Dunga joga contra histórico ruim
Dunga é o 11º técnico a ter uma segunda passagem no escrete brasileiro
postado em 22/07/2014 08:48 / atualizado em 22/07/2014 09:25
João de Andrade Neto /Esportes , Pedro Galindo /Especial para o Diario
Vale lembrar que Dunga é o 11º técnico a ter uma segunda passagem pelo comando da Seleção. Ele, no entanto, apenas o 3º treinador a ganhar uma nova chance à frente da Seleção após ter fracassado em uma Copa. Antes, apenas Flávio Costa e Telê Santana passaram pela mesma situação. Costa, demitido após o Maracanazo, em 1950, voltaria a ter uma oportunidade seis anos depois. Acabaria demitido após ser taxado de “ultrapassado”.
Já Telê Santana iria ainda mais além. Eliminado pela Itália na segunda fase da Copa de 1982, retornaria três anos depois e, após classificar o Brasil para o Mundial de 1986, no México, acabaria eliminado pela França, nos pênaltis, nas quartas de final. Todos tiveram números piores ou iguais (no caso de Zagallo) no seu retorno. Uma barreira que Dunga precisa quebrar.
Repetir treinadores não é algo restrito ao Brasil. Nos últimos anos, Holanda, Argentina, Uruguai e a Itália fizeram o mesmo. Este ano, a Holanda acabou em 3ª na Copa do Mundo, de forma invicta, sob a batuta de Lois Van Gaal. O treinador já havia fracassado à frente da Laranja. Entre 2000 e 2002, sequer conseguiu classificar a seleção para o Mundial disputado na Ásia.
Outro que teve melhores resultados em seu retorno foi o Oscar Tabárez. Após comandar o Uruguai entre 1988 e 1990, quando foi eliminado nas oitavas de final da Copa da Itália, retornou em 2006 e desde então está à frente do ressurgimento do futebol do país, que chegou ao 4º lugar na Copa de 2010.
Já o italiano Marcelo Lippi e o argentino Alfio Basile foram mal na volta às respectivas seleções. Após o tetra da Azurra em 2006, Lippi retornaria ao comando dois anos depois, mas acabaria eliminado na 1ª fase do Mundial de 2010. Já Basile, último treinador campeão pela Argentina (Copa América de 1993), retornou a alviceleste em 2006, mas saiu dois anos depois sem conseguir tirar os hermanos da seca.