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SELEÇÃO OLÍMPICA

Após amistoso em Brasília, Seleção Olímpica já enxerga futuros líderes da equipe

Equipe do técnico Alexandre Gallo ainda deve sofrer mudanças até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, mas a "espinha dorsal" promete vingar e permanecer

postado em 14/10/2014 10:34 / atualizado em 14/10/2014 10:40

Vítor de Moraes /Correio Braziliense , Rodrigo Antonelli /Correio Braziliense

Carlos Silva/CB/D.A Press
Os dois amistosos que a Seleção Olímpica fez no Brasil na última semana — sexta-feira em Cuiabá, contra a Bolívia, e ontem em Brasília, diante dos EUA — tinham como um dos objetivos, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), aproximar os torcedores da equipe que deve vestir a amarelinha nas Olimpíadas do Rio-2016. O futebol apresentado não foi dos melhores, apesar das duas vitórias, e não deve ter empolgado muito os fãs, mas o técnico Alexandre Gallo tem motivos para comemorar.

Mesmo que em confrontos contra adversários inferiores tecnicamente, já é possível enxergar futuros líderes da equipe em todos os setores. A famosa “espinha dorsal” deve ter Dória na defesa, Anderson Talisca no meio e Thalles no comando do ataque. O primeiro, ex-Botafogo e atualmente no Olympique de Marselha-FRA, já ostenta a faixa de capitão e dá consistência à zaga, com bom posicionamento e saída de bola eficiente. Wendell na esquerda e Fabinho na direita ajudam a proteger o setor sem comprometer.

No meio, Anderson Talisca é quem manda. Destaque do Benfica-POR neste início de passagem pelo futebol português — são seis gols em sete jogos —, ele mostra boa visão de jogo, habilidade ímpar e chute de potência. No duelo de ontem, contra a seleção americana, criou boas oportunidades com dribles e arrancadas em velocidade. A desatenção em alguns momentos ficou em segundo plano por causa dos lances de efeito e passes precisos para os companheiros. Com dois volantes às suas costas — Alison e Matheus Biteco —, pode chegar à área para finalizar sem preocupação.

No comando do ataque, o 9 preferido de Gallo é o vascaíno Thalles. Com bom porte físico e velocidade, ele aparece bem no centro da área e volta para ajudar na marcação. Não é a solução da carência brasileira na posição, mas dá conta do recado. Ainda mais com os bons Luan e Ademílson apoiando pelos lados da linha ofensiva. O atacante do Grêmio tem sete gols em sete confrontos pelas seleções de base do Brasil. Nos Jogos do Rio, a entrada de Neymar no lugar de um dos dois dará ainda mais força ao setor.