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BOLA MúNDI

Craques que não driblam... o ego

Contrariando o surrado espírito do "vim para somar", o brasileiro chegou com status de estrela e quis reivindicar o posto de cobrador de pênaltis

postado em 21/09/2017 12:00 / atualizado em 21/09/2017 09:05

AFP

De que adianta juntar craques em um time se eles não conseguem (ou não querem) jogar juntos? Alguns dos torcedores do PSG já devem estar com essa ‘pulga atrás da orelha’. Ídolos de milhares de jovens mundo afora, Neymar e Cavani têm dado o exemplo... do que não deve ser feito.

Contrariando o surrado espírito do “vim para somar”, o brasileiro (contratação mais cara da história do futebol) chegou com status de astro e quis reivindicar o posto de cobrador de pênaltis. Só não contava com a reação do uruguaio, que não engoliu bem a perda de parte dos holofotes... Climão, bate-boca e quase troca de agressões no vestiário. E, o que é pior, o reflexo em campo: os dois têm trocado poucos passes nos últimos jogos.

Se só números bastassem, seria fácil. Desde 2013, quando Neymar foi para a Europa, converteu 16 de 23 penalidades (aproveitamento de 69,6%). No mesmo período, Cavani confirmou 23 de 26 cobranças (88,5%). Por outro lado, a qualidade do brasileiro nas faltas é superior. Assim, cada um ficaria ‘na sua’. Mas não é tão simples assim...

Neymar, na ânsia por ser o melhor do mundo, já teria até pedido à diretoria do PSG para negociar o uruguaio... Será que ainda não entendeu que não dá para ser protagonista à força? E aqui não se trata de apontar mocinhos ou vilões... É bom lembrar que Cavani já deixou o clima tenso no clube antes, quando teve a ‘concorrência’ interna de Ibrahimovic...

O certo é que a responsabilidade não pode ser colocada só na dupla sul-americana. Onde está o pulso do treinador Unai Emery? Não são poucos os que acreditam que ele não tem ‘porte’ suficiente para driblar essa batalha de egos... Pra completar, o próprio clube teria colocado lenha na fogueira, ao instituir bônus financeiro a Cavani caso se sagre o artilheiro do Francês. Deste jeito, nem os muito milhões de euros do presidente/milionário do Catar resolvem...
 

Prévia pra Copa

Gabriel Jesus é o único brasileiro entre 25 concorrentes ao título de melhor jogador jovem (até 21 anos) da Europa, instituído pelo jornal italiano Tuttosport desde 2003, que já condecorou Messi, Rooney, Pogba, Aguero e outros. A lista, com um goleiro, dois laterais, três zagueiros, dois volantes, três meias e 14 atacantes, serve de ‘prévia’ do prêmio que a Fifa dará ao melhor jovem da Copa’2018. Na teoria, além do brazuca, os fortes candidatos são os franceses Mbappé e Dembélé e o inglês Rashford. Os ‘eleitos’ até hoje foram os alemães Podolski (Copa’2006) e Thomas Muller (2010) e o francês Pogba (2014).

SEM PERDER A MAJESTADE

Com a marca de 73 jogos consecutivos balançando as redes adversárias, o Real Madrid perdeu ontem a chance de superar o recorde estabelecido pelo Santos do início dos anos 1960 ao ser derrotado por 1 a 0 pelo Betis. Além disso, não repetiu a veia goleadora daquela incrível equipe de Pelé e cia. Enquanto o Real fez 198 gols nessas 74 partidas (média de 2,68 por duelo), o Peixe anotou 245 em 73 (média de 3,35). Então, a comparação chega a ser covardia... Enquanto Cristiano Ronaldo foi responsável por 49 dos tentos na série do Real, Pelé estufou as redes 85 vezes na campanha do Santos...
 
DE OLHO
Pulisic

De origem croata, Pulisic, de 19 anos, é visto como maior promessa do futebol norte-americano. Após se destacar nas seleções de base da terra do Tio Sam, foi contratado pelo Borussia Dortmund, onde teve ascensão meteórica, se tornando o mais jovem gringo a balançar as redes na Bundesliga. Também é o mais jovem a marcar pela Seleção dos EUA. Habilidoso e com bom domínio de bola, promete muito para a Copa’2018.