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DA ARQUIBANCADA

Hora de ajustar a Toca 3

Seria ótimo se criássemos um espaço sem cadeiras no Mineirão para que a nossa torcida pudesse ter mais liberdade

postado em 25/01/2017 12:00

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

Para alguns, o ano só começa depois do carnaval, mas para nós, apaixonados pelo Cruzeiro, o ano começa em 29 de janeiro, no jogo contra o Villa Nova. Meu coração azul já passou apertado em alguns jogos da Copa São Paulo. Copinha que acabou de alterar o seu curso natural, por causa de um “espertonildo” que tentou diminuir a idade para participar do torneio. Ainda bem que estamos passando por uma onda de moralidade no país, e que isso acabe se tornando natural em nossas vidas.

Por falar em mudanças, a Copa do Mundo já passou, obras foram feitas para melhorar as cidades e Belo Horizonte conseguiu aproveitar as melhorias para receber evento tão cobiçado. Alguns estádios ficaram ótimos e estão sendo bem aproveitados. Em outras cidades se tornaram monumentos ao exagero. O que está ocorrendo com o Maracanã é o que mais chama a atenção, sendo o resumo do descaso e da má gestão do dinheiro público, isso é, do nosso dinheiro.

Mas, falando do que interessa, já estamos acostumados ao novo Mineirão, já sabemos como chegar, onde encontrar os amigos e o estádio ficou muito confortável. Estamos naquele momento em que mudamos para a nova casa e gostaríamos de fazer algumas alterações, em busca de maior conforto e liberdade. Gastei todas as linhas acima para dizer que seria ótimo se criássemos um espaço sem cadeiras no Mineirão para que a nossa torcida pudesse ter mais liberdade.

O Grêmio fez isso e sua torcida voltou com a avalanche na comemoração dos gols. O Corinthians e Atlético-PR fizeram algo parecido em seus estádios. No Brasil não temos torcidas inertes, como na Europa, onde o  máximo que elas fazem é bater palmas quando o seu time marca um gol. Esse setor, por ter menos infraestrutura, poderia ter ingressos mais baratos.

Já demos um grande passo ao abolir o fosso que separava a torcida do campo e tenho certeza de que esta pequena mudança será muito bem-aceita pelos nossos torcedores.

Nesta semana vi uma ótima entrevista do Sorín falando de vários assuntos, mas principalmente do carinho que ele tem com o Cruzeiro. Ver um atleta, estrangeiro, que foi capitão da Argentina em Copa do Mundo, falando do nosso manto azul com tanto carinho é emocionante. Esse tipo de atitude é que diferencia um ídolo de um jogador que apenas vestiu a camisa do nosso time. Eles ficam guardados na nossa memória de forma definitiva, como algumas músicas que marcam momentos especiais em nossas vidas.

Dos novos contratados, eu diria que o Thiago Neves é o que tem mais chance de se tornar ídolo para a torcida. Sua recepção no aeroporto foi maravilhosa. Que ele consiga nos dar momentos mágicos e faça chover gols com o manto celeste.

Teremos muito tempo para discutir e comentar qual será o nosso time para este ano. Temos um grupo bem montado, sem improvisos ou apostas ariscadas. É assim que se administra um grande time. Agora, é sonhar com grandes conquistas.

Tags: cruzeiroec