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DA ARQUIBANCADA

Fiasco

Ao mesmo tempo em que o pesadelo Riascos está acabando, a notícia de que o Lucas Silva está voltando veio para nos alegrar

postado em 01/02/2017 12:00

Marcos Vieira/EM/D.A Press

Outro dia um amigo me perguntou como são feitas as contratações de jogadores do Cruzeiro. Eu não soube explicar, pois realmente não sei. O intuito da pergunta era que ele tinha algumas ideias de utilização de dados estatísticos para apurar e melhorar os acertos na compra dos direitos de jogadores

A minha experiência me diz que não há padrão nem formula que explique as negociações. Cada time age de acordo com sua maneira e cultura, dependendo da pressão dos dirigentes e da torcida. Isso ocorre na maioria dos clubes do mundo. Claro que, se perguntarmos para os profissionais da área, todos dirão que existem regras, cada um com sua longa explicação, cheia de detalhes.

Nos esportes americanos existe o Draft Day para mostrar os jogadores que serão selecionados, suas características técnicas e outras informações, gerando um show de mídia para que os torcedores possam conhecer seus futuros ídolos.

Sempre que ocorre algo com o Cruzeiro, faço comparações com os melhores times do mundo para entender se estamos errados ou no caminho certo. Realmente, não sei quem define qual jogador será contratado, mas de uma coisa tenho certeza: o Riascos foi a pior aposta que fizemos nos últimos tempos. Ele já veio como uma piada pronta, após perder o pênalti que criou o mito do São Victor. A notícia que saiu dele, comentando que jogar no Cruzeiro foi a pior decisão da sua vida, apenas aumentou a minha certeza da grande besteira que fizemos. Ele não é ótimo jogador, não foi carrasco do nosso grande rival regional e só gerou notícias negativas a nosso respeito. Agora não aparece ninguém para dizer que foi o mentor da contratação.

Ao mesmo tempo em que o pesadelo Riascos está acabando, a notícia de que o Lucas Silva está voltando veio para nos alegrar. Adoro o seu futebol, ele sempre teve o respeito da torcida e espero que possa reconquistar seu ótimo futebol. Já tive a oportunidade de conversar com ele. Sou seu fã. Seja bem-vindo ao lugar de onde você nunca deveria ter saído.

Tenho certeza de que esta informação será uma motivação para o clássico desta noite. Para acrescentar um pouco de lenha na fogueira da rivalidade, a Fifa avisou que os títulos mundiais de clubes só valem a partir de 2000. Fazendo um pequeno ajuste para o futebol brasileiro, em 1971 não existia a CBF, tínhamos a CBD e não existia Campeonato Brasileiro, era Campeonato Nacional. Então, os títulos brasileiros só devem valer a partir de 2003. Portanto, caros amigos, um certo time do bairro de Lourdes está prestes a perder o título conquistado por Dario e seus asseclas.

Para os desafetos que adoram dizer que a Taça Brasil de 1966 não existiu, só estou esperando a CBF fazer o mesmo que a Fifa. Seria maravilhoso os piadistas de plantão ficarem estupefatos, sem resposta para uma alteração arbitraria sobre a paixão futebolística.

Desprezar o passado dos clubes é ignorar a história de cada um. Por isso, é importante relembrar e homenagear o passado. A cada dia, construímos um novo capítulo e hoje teremos mais um deles. O primeiro clássico do ano. Como disse o técnico Mano Menezes, está muito cedo para tirar alguma conclusão sobre um clássico que é o segundo jogo do ano. Cedo ou tarde, quero mais é comer frango assado.

Tags: cruzeiroec