Só no elenco atual eles têm Fred, Marlone, Maicosuel, Fábio Santos e Leonardo Silva. Na história, a lista é gigantesca. Claro que também contratamos jogadores que tiveram a infelicidade de jogar do outro lado da lagoa. Mas eles saíram de lá para finalmente poder conquistar títulos. Poderia citar Luizinho e Clebão, dois grandes zagueiros que nunca ganharam nada do lado de lá. O único título nacional que o Éder Aleixo ganhou foi vestindo a camisa cinco estrelas na Copa Brasil de 1993. Para fechar esta lista com chave de ouro, tiraram o nosso diretor de futebol, o Maluf.
Na vida temos que ter referências para nortear nossos passos, como qual empresa gostaríamos de trabalhar, quem são os nossos heróis e o que pensamos em conquistar. Mas este caso já passou dos limites. Deveria ser alvo de estudo, haver uma tese universitária ou se tornar um caso terapêutico.
Nosso atual prefeito, ex-presidente deles, perdeu a oportunidade de rebaixar o Cruzeiro naquele fatídico dia dos 6 a 1. A cada dia acredito mais na teoria da conspiração que afirma que o rebaixamento jamais aconteceria, pois somos o que eles desejam ser amanhã.
Mas não podemos abusar da sorte. Como já disse Aristóteles, o verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre. Estamos dando muito espaço, e, como esta coluna é lida somente por cruzeirenses, confesso que depois de jogos tenebrosos como os empates com Tombense e Uberlândia espero que o Mago Menezes consiga explorar todo o sentimento de rivalidade para aumentarmos ainda mais a vantagem nas estatísticas do Mineirão.
Fazendo referência a antiga propaganda de uma marca de vodca, temos hoje os títulos que eles desejam e estamos dando muita chance para que aprendam o caminho das pedras. Vitória no clássico será uma grata surpresa, pois ainda estamos devendo muito futebol.