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DA ARQUIBANCADA

Semana animada

Espero que no final da noite de hoje a nossa resenha seja sobre a próxima etapa da Copa do Brasil

postado em 19/04/2017 12:00

Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro

O coelhinho da páscoa não foi muito carinhoso conosco. Acho que estávamos com ressaca da sapecada que demos nos são-paulinos na última quinta-feira. Mas agora, o jogo de volta do Campeonato Mineiro será na nossa casa, num estádio de verdade. Tenho certeza que jogaremos muito melhor e com o apoio da torcida. Mais uma vez o Rafael mostrou que lutará muito pela titularidade no gol.

Estou adorando a novela da instalação das arquibancadas temporárias no ginásio poliesportivo do Horto. Isto é coisa de time pequeno querendo aumentar a capacidade do estádio na marra. Se essa tática funcionar pra eles, eu montaria o mesmo tipo de arquibancada na Toca I,  fazia uma festa de inauguração, dava o nome ao novo estádio de Felício Brandi e mandava todos os nossos jogos contra adversários menores pra lá. Se eles podem, por que não podemos?

Esse tipo de atitude, bem no modelo ‘espertinho de plantão’, tem sofrido derrotas sucessivas em várias áreas no Brasil. A atitude exemplar do zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo, no jogo contra o Corinthians, mostra que ainda temos salvação. Não gosto de misturar política com futebol, mas tenho certeza que todo esse movimento da Lava-Jato acaba influenciando as pessoas a pensar duas vezes antes de fazer besteiras por aí.

Na semana passada, escrevi que um dos jogadores mais chatos que vi jogar foi o Rogério Ceni.   Ele é um raro exemplo de jogador que teve toda a carreira em um clube e com muitos títulos. Sua postura, até certo ponto arrogante, só era respeitada pela dedicação e competência dentro de campo. Agora, a história é outra. Ele está trabalhando fora das quatro linhas, numa posição em que é novato e respondendo por decisões que não está acostumado. É nesse ponto que queria chegar. Depois do chocolate que demos no tricolor paulista, dentro do Morumbi, ele demonstrou mais uma vez sua dificuldade de administrar derrotas ao tentar minimizar a aula que ele tomou do Mago Menezes. Mas é melhor assim.  Pois, por mais que tenha se dedicado a esta nova etapa, ficar justificando derrotas com estatísticas não vai deixar sua torcida feliz nem classificar o time. Diria até que a imprensa paulista está poupando criticas ao seu trabalho como técnico. Espero que no final da noite de hoje a nossa resenha seja sobre a próxima etapa da Copa do Brasil, enquanto escutamos sua entrevista coletiva tentando explicar o inexplicável.

Hora de tirar proveito da pressão que o time dele está sofrendo. Como bem disse o Romário, está chegando agora e já quer sentar na janela.

Hoje chegarei cedo ao Mineirão. Como torcedor, não colocaria o time na defesa. Em casa, temos a obrigação de tomar conta do jogo. Hora de encher o estádio nos dois jogos. Vamos?

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