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COLUNA DO JAECI

Um ano trágico dentro e fora do campo

postado em 18/12/2016 12:00

Este 2016 é um ano terrível, marcado pela tragédia do voo da Chapecoense, em que um piloto assassino matou 71 pessoas, e pela quebra do Brasil economicamente. Estamos muito perto de uma guerra civil, pois o povo não aguenta mais tanta corrupção, falcatrua e políticos ladrões e milionários. Já passou da hora de expurgar essa gente da política. Aliás, a maioria corrupta já está em prisão domiciliar, pois quando sai às ruas é chamada de ladrão e desacatado pela população. O futebol é apenas um reflexo dessa sociedade oprimida. Não temos mais craques, os grandes técnicos estrategistas sumiram, e os dirigentes, em sua maioria, são amadores. Por isso o futebol apresentado no Brasileirão e demais competições cai de forma assustadora a cada temporada. Aqui em Minas não temos o que comemorar. O Atlético, tido e havido como o melhor grupo do país, sucumbiu no Mineiro, Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. Em nenhum momento provou na prática que o time era realmente aquilo que dizíamos.

Contratações equivocadas e técnico que não conseguiu dar padrão e esquema de jogo ao time foram alguns dos motivos para a falta de títulos, mas nada que não possa ser corrigido para 2017. O presidente Daniel Nepomuceno, como escrevi outro dia, pecou por excesso, jamais por omissão. E como fez falta Eduardo Maluf, diretor de futebol dos mais competentes do Brasil, que dedica parte de seu tempo curando-se de problemas médicos. Tivesse ele no comando do futebol, como esteve nos últimos anos efetivamente, e o Galo teria tido outra postura. Já passou da hora de a diretoria rever conceitos, mandar embora jogadores “chinelinhos” ou que não produzem à altura. É inadmissível o clube ter atletas que jogam duas partidas e ficam 10 de fora. Isso é prejuízo técnico e financeiro. Uma equipe de futebol tem de ser montada por jogadores em plenas condições físicas e técnicas, para que o grupo não seja prejudicado. O Galo perdeu títulos por falta de jogadores de qualidade no meio-campo, e por ter uma defesa lenta, frágil e com idade avançada. Já cansei de dizer que se um zagueiro não serve para Flamengo e Grêmio não pode servir para o Atlético. Estou falando de Erazo, equatoriano, fraquíssimo. Mas não ponho nele a culpa pela falta de títulos e sim no planejamento técnico. Muitos jogadores que atuaram não tinham condições de vestir a camisa alvinegra, e o torcedor sabe muito bem quem são. É aproveitar os erros desta temporada, corrigi-los, valorizar a base e montar um time campeão. Roger Machado, novo técnico, tem condições de realizar um grande trabalho, pois suas equipes têm padrão de jogo e esquema tático. Isso já é meio caminho andado.

O Cruzeiro também foi um fiasco. Perdeu tudo o que disputou e ainda correu o risco do rebaixamento. Para uma torcida acostumada a ganhar títulos e a atrapalhar a festa de cariocas e paulistas, como ocorreu em 2003, 2013 e 2014, quando conquistou o Brasileiro, fica a decepção. Mas a diretoria se movimenta para construir um time de qualidade, que possa devolver ao clube as melhores colocações. Pelas excelentes campanha de 2013 e 2014, bi brasileiro de forma consecutiva, o torcedor criou uma expectativa de títulos e mais títulos, mas eles não vieram. Mudanças de técnicos, venda necessária de jogadores e um planejamento ruim não deixaram o Cruzeiro conquistar a América e o mundo. É hora de repensar o que de errado foi feito, montar um grande time e buscar as taças. O Cruzeiro é o “papa-taças” do estado e não vai querer perder esse posto. Bruno Vicintin trabalha em sintonia com o presidente Gilvan para recompor o grupo e torná-lo competitivo e vencedor. Gostei da contratação de Caicedo, mas é preciso muito mais. A base, que Vicintin conhece tanto, precisa ser valorizada. Há jogadores de qualidade para assumir vaga na equipe principal. Passou da hora de mandar “chinelinhos” embora, enxugar a folha e montar um grupo homogêneo e forte. É o mínimo que a torcida espera.

O América voltou ao seu lugar, com equipe de segunda na Primeira Divisão. Foi uma vergonha. Mas não por culpa de seus dirigentes. Fazer futebol com um décimo da quantia que os grandes clubes recebem da TV é desumano. Na Série B, o Coelho precisa se reestruturar e tentar voltar. Mas não adianta subir num ano e cair no outro. É preciso um trabalho forte para a manutenção. E, é claro, a presença de torcedores no estádio. Os jogos do América têm público abaixo de qualquer crítica e é sabido que clube sem torcida está fadado ao fim. Espero que isso não ocorra com o Coelho e que ele faça uma campanha maciça para a volta do seu torcedor. Isso só acontecerá, porém, com um time forte e em condições de atrair gente ao estádio. O ano de 2016 não é para ser esquecido e, sim, lembrado todos os dias em 2017, para que os mesmos erros cometidos por nossas equipes, não se repitam.

Férias

Esta coluna entra em férias, juntando o recesso de Natal e révellion, prometendo voltar em 2017 com muitos assuntos e polêmica, é claro. Aos meus leitores e leitoras, um Natal de muita fé e saúde e um ano novo cheio de realizações, sempre com Deus no comando. Boas festas, torcedor!

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