No Mineirão, às 11h, mais de 20 mil pessoas viram o Atlético fazer outra partida ruim, empatando por 1 a 1 com a URT, no jogo de ida (o time de Patos optou por jogar no estádio da Pampulha), e agora só precisa manter o empate na próxima semana para chegar à decisão. A exemplo do que vimos na quinta-feira, o Atlético foi um time desorganizado, sem criatividade, o que deixa sua torcida preocupada quanto ao futuro. O técnico Roger Machado foi chamado de burro e admitiu que sua equipe não produziu o esperado. Como desta vez o fator sorte não entrou em campo, teve que se contentar com o empate, embora ainda tenha a vantagem para o jogo de volta.
É preocupante este começo de temporada do Galo, bem aquém do esperado pelo fato de ter jogadores de nome, tarimbados e reconhecidamente vencedores. Não sei quanto tempo Roger vai durar no cargo. Embora eu seja contra a demissão de treinadores com poucos meses de trabalho, é lamentável esse futebol fraco e improdutivo do alvinegro. Vale lembrar que no meio da semana terá um jogo difícil contra o Libertad, do Paraguai, na casa do adversário. Vai precisar vencer para ficar mais tranquilo na Copa Libertadores.
Recebi centenas de e-mails de torcedores preocupados com o momento do time, e em nome de Pedro Picinin e Sandro Dias agradeço pela leitura da coluna e por concordarem comigo naquilo que tenho escrito sobre o Galo. Eles dizem que é um time sem estrutura tática, um amontoado de jogadores correndo atrás da bola. Sandro Dias diz que a defesa é uma peneira, que alguns jogadores são uma mentira e que sente saudades de R10. Concordo. Vejo a defesa alvinegra vulnerável, um meio-campo que nada cria e um ataque onde somente Fred justifica o investimento. Já passou da hora de o presidente Daniel Nepomuceno fazer uma reunião e pôr as cartas na mesa. Com este futebol, o Atlético não chegará a lugar algum em 2017.
Luan
Já escrevi e disse que Luan tem a cara do Galo, pela raça, vontade e determinação. A gente percebe que ele gosta mesmo da camisa alvinegra e que faz o possível e o impossível para estar em campo. Porém, as condições física e clínica não estão permitindo. Segundo o médico Rodrigo Lasmar, a quem entrevistei tempos atrás, o jogador tem um problema crônico de joelho, que o impede de ter uma sequência natural no campo. Na quinta, entrou e sofreu uma contusão muscular, que vai afastá-lo mais uma vez. Vi o desabafo de Luan, dizendo que tem gente sugerindo que ele pare de jogar. Ninguém quer ver um atleta encerrar a carreira precocemente, mas se não tem mais condição não há outro remédio. Os clubes e dirigentes europeus são pragmáticos e profissionais. Se o jogador não atende à expectativa clínica e física, o clube agradece pelos serviços prestados, paga o que tem de pagar e encerra o contrato. No Brasil deveria funcionar assim também, pois sabemos que os salários são altíssimos e os atletas têm que justificar o que ganham, atuando a maior parte dos jogos.
Tomara que Luan se recupere e que ainda possa jogar futebol por alguns anos. Entretanto, não é isso que seu histórico diz. Mas que Deus dê força para que ele se recupere e se livre das contusões. Que ele faça trabalhos especiais de reforço muscular, para que seus joelhos suportem a carga e pressão dos jogos. Se isso ocorrer, o torcedor alvinegro vai agradecer, pois tem nesse jogador um exemplo de dedicação, vontade de vencer e amor ao clube, coisa que falta atualmente na maioria dos atletas brasileiros.