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COLUNA DO JAECI

R10 disse: 'Quando é pra valer, o Galo é campeão!'

postado em 08/05/2017 12:00 / atualizado em 08/05/2017 08:32

BRUNO CANITNI / ATLÉTICO


O Atlético foi mais time, ontem. Entrou em campo disposto a levantar o troféu do Campeonato Mineiro, fez valer seu mando de campo e fez sua melhor partida no ano. O resultado foi o que previu um dos maiores ídolos da história do time, R10: “quando é para valer, o Galo ganha”. O Atlético venceu o Cruzeiro por 2 a 1, gols de Robinho e Elias, descontando Ramon Ábila para o time azul. A torcida fez a festa no Horto. O técnico Roger Machado, muito contestado, ganha uma sobrevida, e, assim, o Galo tem a tranquilidade para estrear no Brasileirão, contra o Flamengo, no Maracanã, sábado, e continuar firme no propósito de buscar o bi da Libertadores. Durante a semana, as redes sociais provocaram de um lado e do outro, mas, no fim, o Galo saboreou a vitória e a taça. Ao Cruzeiro, resta a esperança de brigar pela Copa do Brasil e iniciar o Brasileirão, diante do São Paulo, com a vontade de quem quer faturar a quinta conquista. Parabéns aos atleticanos. A lamentar, os bandidos, das duas torcidas, que se digladiaram no Barreiro. Sempre tem alguém para estragar a festa. Cabe a eles a cadeia, lugar dos desordeiros e pilantras. Nada pode estragar a conquista legítima do Atlético. O torcedor pode encher o peito e gritar: “é campeão”.

Foi um primeiro tempo de um time só. Muito bem postado na defesa, explorando os contra-ataques, só deu Atlético. O Cruzeiro não conseguia se aproximar da área do alvinegro. Tanto assim que chutou apenas duas vezes ao gol de Victor e sem o menor perigo. Robinho deu o cartão de visita após receber passe de Fred, em falha clamorosa de Leo, e empurrou para as redes. A massa foi à loucura. O Atlético era mais time, tinha mais corpo, alma, qualidade e vontade, e não deu a menor chance ao time azul de sequer esboçar uma reação. Os primeiros 45 minutos foram todos do Galo. Impressionante como o técnico Roger Machado conseguiu melhorar sua defesa em apenas dois jogos. O Atlético estava perfeito na marcação e não dava a menor chance de o Cruzeiro entrar em sua defesa. E ainda pode questionar um gol mal anulado pelo bandeira, marcado por Robinho, que estava, no mínimo, na mesma linha da zaga azul. Diga-se de passagem, o árbitro Igor Benevenuto nada tinha a ver com isso, já que apitou com correção, em cima do lance e sem titubear. O erro foi única e exclusivamente do bandeira. O Galo foi para o vestiário sabedor de que fizera um primeiro tempo excepcional. Já o Cruzeiro sabia que tinha feito uma péssima partida e que, se não melhorasse, não conseguiria achar dois gols de forma alguma. A esperança da torcida era de que Mano Menezes mexesse no time e pusesse a velocidade de Alisson em ação.

Veio o segundo tempo e, com ele, a confirmação de um Galo vencedor e diferente. O Cruzeiro até empatou com um golaço de Ábila, que, de meia bicicleta, fuzilou o gol de Victor. Porém, a saída de Hudson deixou o Cruzeiro com apenas um marcador, Henrique, e, dessa forma, a equipe ficou vulnerável. O Galo trabalhava a bola, controlava o jogo e a ansiedade. O Cruzeiro estava desorganizado. Thiago Neves, De Arrascaeta e Sobis nada produziam. Mano Menezes não sabia mais o que fazer. Foi aí que Roger colocou Cazares, que deu velocidade e acabou de matar o Cruzeiro. Mas foi numa bela arrancada de Marcos Rocha – aquele que teve o carro chutado por bandidos, travestidos de torcedores – que o Galo fez o gol da vitória. Ele tomou a bola de Sobis, na raça, arrancou, chegou lá na frente e tocou para Elias. O volante entrou na área, olhou Rafael e fuzilou, sem a menor chance de defesa. Galo 2 a 1. Para quem precisava apena do empate, era a certeza de que o título não escaparia. Entretanto, somente lá pelos 40 minutos a torcida do Galo começou a gritar: “é campeão, é campeão”. E não deu outra. O Galo não precisava vencer, mas venceu e confirmou a máxima de R10, de que “quando vale, o Galo ganha”. Os estaduais não valem nada para quem ganha, pois são competições falidas, retrógradas e ultrapassadas, mas vencer o rival dá sempre um sabor maio, e é isso que os torcedores atleticanos estão comemorando. Roger Machado estava na corda bamba, entretanto, a conquista dá a ele mais tranquilidade. Resta saber se na Libertadores ele vai conseguir chegar ao título. Mas isso é assunto mais lá pra frente. Agora é hora de comemorar e gozar o rival. Parabéns ao Galo, melhor time da primeira fase, campeão de fato e de direito.

Brasileirão


Semana que vem começa o Brasileirão. Muitas emoções para torcedores do país inteiro. Como um cronista que é contra os estaduais, me sinto aliviado. Depois de quase cinco meses jogados no lixo, pois os estaduais são competições sem o menor propósito, finalmente teremos o Brasileirão, competição que vale vaga na Libertadores e outras premiações. Tchau estaduais!

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