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COLUNA DO JAECI

Galo empata e não chega perto do G-7

O importante é que o Atlético tem outra postura com o novo treinador, mas ainda bem aquém do que dele se esperava

postado em 16/10/2017 12:00 / atualizado em 16/10/2017 09:12

BRUNO CANTINI / ATLÉTICO

O Atlético empatou com o Sport por 1 a 1 ontem, na Ilha do retiro, e perdeu a chance de encostar no G-7. Foi aos 38 pontos e vai apostar numa vitória sobre a Chapecoense, quarta-feira, no Horto, para chegar aos 41 pontos, e precisar apenas de mais 4 para não correr riscos de rebaixamento. O técnico Oswaldo de Oliveira ainda sonha em levar seu time à Libertadores do ano que vem. Porém, tem é que pensar primeiro em atingir a marca na qual não corra qualquer risco de queda. O que vier daí para a frente é lucro. Num campeonato nivelado por baixo, em que a distância entre o Z-4 e o G-7 é muito pequena, não se pode bobear. O importante é que o Atlético tem outra postura com o novo treinador, mas ainda bem aquém do que dele se esperava.

O primeiro tempo foi muito igual. O Sport abriu o placar depois que o meio-campo atleticano saiu mal e entregou nos pés de Diego Souza. Ele fez belo lançamento para Patrick, que ajeitou e bateu com categoria: 1 a 0. O Galo continuava com seus problemas: a falta de criatividade no meio-campo, os atacantes com a pontaria desajustada. Juninho quase ampliou ao passar pela zaga e pelo goleiro Victor, mas chutando fraco, dando tempo a Gabriel para salvar. O Atlético teve algumas chances, mas em chutes de fora da área. O empate só surgiu quando um cruzamento da direita encontrou Fred no meio da zaga do Sport. Ele se abaixou para cabecear e fez 1 a 1. Depois de longo e tenebroso inverno, Fred voltou a balançar as redes. E assim o primeiro tempo terminou, com poucas emoções e um futebol pobre.

No segundo tempo, o Sport voltou disposto a faturar os três pontos. Logo no começo, Juninho, cara a cara com Victor, cabeceou fraco, e o goleiro alvinegro teve tranquilidade para defender. Uma vitória colocaria o Galo com possibilidade de Libertadores. Para o Sport significava se afastar do Z-4. Num lance bisonho, Rithely e Ronaldo Alves trombaram quando tentavam marcar Fred. Esse é o futebol brasileiro de hoje. E há gente que quer vender outro produto. Competição fraca, sem apelo, em que a distância do Z-4 para o G-7 é de uma vitória. Ou os clubes voltam a investir nas divisões de base ou nosso futebol vai morrer, já que não há craques nem técnicos competentes, com raras exceções.

E como o Atlético só chegava por meio de chutes de longa distância, Otero tentou, e a bola passou à direita de Magrão. Muito pouco para um time no qual todos nós apostávamos como candidato ao título. Incrível foi o gol perdido por Adílson. Gabriel tocou para trás uma bola que estava saindo, e ela ficou à feição do volante. Ele chutou torto, completamente equivocado, perdendo grande chance. O Sport estava doido para entregar, mas o Galo não aproveitava. Valdívia puxou um belo contra-ataque, deixou a bola com Fred, mas ele deu passe bisonho para Marcos Rocha. Cazares fez grande jogada pela esquerda e rolou para Fred, que nem sequer foi na jogada. Que fase! Elias também fez belo lançamento para Cazares. O equatoriano entrou na área, tocou por cima do Magrão, mas a bola foi para fora. Outra grande chance desperdiçada pelo Galo. O Atlético fazia por merecer a vitória, mas faltava-lhe imaginação e qualidade para definir. Puxava bem os contra-ataques, mas pecava na hora do chute final. O Sport ameaçou com Ritchely, que chutou forte de fora da área e Victor defendeu. O forte calor era o maior obstáculo para os dois times. O tempo passou e nada de relevante ocorreu. O empate não foi de todo ruim para o Galo. Para o Sport, foi terrível, pois corre sério risco de rebaixamento.


Artilheiro

Henrique Dourado, do Fluminense, é o artilheiro do Brasileirão, com 15 gols em 28 rodadas, uma média ruim e decepcionante. A cada ano, o nível técnico do Brasileiro é assim: péssimo. E ainda há gente que enaltece uma média tão ruim. Enquanto isso, na Europa os artilheiros fazem 60 gols na temporada. Só para citar um exemplo das Eliminatórias Europeias, o artilheiro, o polonês Lewandowski – favor não confundir com o ministro do Supremo –, fez 15 gols em 12 jogos, mais de um gol por partida. Isso, sim, é artilheiro de verdade. E lembrar que Reinaldo, o eterno Rei do Galo, fez 28 gols em 18 jogos no Brasileirão de 1977.


Pergunta

O ex-presidente do COB Carlos Arthur Nuzman, que está preso, tem fortuna avaliada em R$ 1 bilhão. A pergunta que se faz é se as autoridades vão confiscar o dinheiro que ele ganhou de forma criminosa ou se ele, quando sair da cadeia, vai continuar usufruindo do produto do roubo? O ex-chefão da Fórmula-1 na Globo, Leonardo Grynner, já está solto. Ele era o braço direito de Nuzman.

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