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COLUNA DO JAECI

Cruzeiro forte na Libertadores

'Se alguém me perguntar qual equipe brasileira é candidata ao título da Libertadores, digo sem medo de errar que é o Cruzeiro'

postado em 18/10/2017 09:02 / atualizado em 18/10/2017 20:49

O Cruzeiro já está na Libertadores do ano que vem e, neste momento, abre o G-7 no Brasileirão, já que em quarto lugar estaria classificado para a pré-Libertadores. O grupo e o técnico Mano Menezes – que como afirmei na semana passada, com exclusividade, vai continuar no clube, pois já está apalavrado com o homem-forte do futebol celeste, Itair Machado – acreditam que podem chegar ao título, repetindo o Flamengo de 2009, que tinha 10 pontos atrás do líder e acabou campeão. Olha que o Corinthians está fazendo tudo neste returno para entregar a rapadura. Porém, os concorrentes também vivem tropeçando, e, dessa forma, acho difícil o Timão perder a taça. A gordura acumulada no turno foi absurda e, por isso, a tranquilidade de agora, mesmo com campanha pífia.

Vejam como o nível técnico do Brasileiro cai a cada temporada. É péssimo. A distância entre o Z-4 e o G-7 é de apenas uma vitória. O time vai do céu ao inferno com uma derrota. Os clubes estão de pires nas mãos, alguns devendo cotas de TV até 2020. Já passou da hora de os clubes voltarem a investir pesado nas categorias de base, pois essa é a única solução para a formação de grandes jogadores, para não mais importarem jogadores equatorianos, paraguaios, peruanos e venezuelanos.

Não acredito que o Cruzeiro seja campeão, pois a arrancada foi tarde demais. Porém, acredito numa grande vitória nesta noite, para afundar ainda mais o Coritiba e se manter entre os primeiros, para terminar o ano em alta. Mano Menezes, se não me engano o técnico mais longevo no cargo na Primeira Divisão, tem o grupo nas mãos e se fortaleceu com a conquista da Copa do Brasil. É um cara de fácil diálogo, espetacular e que está amadurecendo na profissão. Apanhou muito quando dirigiu a Seleção, prematuramente, passou por uma fase ruim e agora volta ao topo. Caras corretos e honestos se tornam vencedores de forma natural. Acredito que ele já esteja preparando uma lista de dispensa e outra de contratações, pois o desejo da nova diretoria é conquistar o tri da Libertadores e, para isso, não vai poupar esforços e dinheiro. Por isso a diretoria resolveu manter Mano, valorizando seus assistentes, principalmente Sidney Lobo, que realmente é um craque no que faz. Se alguém me perguntar qual equipe brasileira é candidata ao título da Libertadores, digo sem medo de errar que é o Cruzeiro. Pela estrutura, qualidade, técnico e pensamento grande da diretoria que vai assumir.

Djian

A contratação de Marcelo Djian para diretor de futebol mostra que o Cruzeiro está no caminho certo, investindo numa pessoa competente, transparente e de mercado aberto no mundo inteiro. Um diretor de futebol com D maiúsculo, que vai tornar o Cruzeiro ainda mais vencedor. Uma fonte me revela que o nome de Juan Pablo Sorín jamais esteve em pauta para gerenciar o futebol do clube ou fazer parte da nova gestão. Os planos para o novo gerente de futebol são outros e, em breve, a diretoria vai anunciar o nome.

Galo

Uma vitória sobre a Chapecoense hoje vai dar tranquilidade ao Atlético para terminar o ano com dignidade, talvez em busca de uma vaga no G-7, que pode se tornar G-8 se o Flamengo ganhar a Sul-Americana. O Atlético fez péssimo ano, com jogos sofríveis. Investiu num grupo velho, de jogadores que foram importantes no passado, mas que não rendem nada há muito tempo. Como consequência, paga pelo excesso de erros. Apostar em ex-jogadores em atividade, outros que vivem no departamento médico e jogam 10 partidas em 100, é prejuízo na certa. Não adianta lamentar o leite derramado. O importante é que o sucessor do presidente Daniel Nepomuceno rescinda alguns contratos, pague o que tiver que pagar e assuma uma nova postura em relação a contratações. Não adianta manter jogadores caros que não dão retorno. Recuperar o que é irrecuperável não tem jeito. Se quiser disputar taças em 2018, o Galo terá que fazer um trabalho de recuperação muito grande. Esse grupo, tido e havido como dos melhores do Brasil, ficou apenas no papel. No campo, a realidade foi bem diferente.

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