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DA ARQUIBANCADA

Grupo é melhor que o de 2016

Em 2017, com orçamento limitado, estão conseguindo formar um grupo que oferece boas alternativas de escalação ao treinador

postado em 03/02/2017 12:00 / atualizado em 03/02/2017 09:34

Mourão Panda/América

Início de temporada é período de recomeço e de esperança. Tempo de abrir portas e janelas para respirar novos ares. Como torcedor do América, é o que estou me propondo a fazer com relação ao grupo de 32 jogadores que já está disputando o Campeonato Mineiro e a Primeira Liga. Goleiros: João Ricardo, Fernando Leal, Glauco, Glaycon e Érick; laterais-direitos: Alex Silva, Auro e Felipe; zagueiros: Rafael Lima, Renato Justi, Messias, Roger e Marlon; laterais-esquerdos: Ernandes e Pará; volantes: Gustavo Blanco, Rafael Jataí, Makton, Christian, Juninho, Renato Bruno e Zé Ricardo; meias: Gérson Magrão, Matheusinho, Tony, Renan Oliveira, Felipe Amorim e Renan; atacantes: Hugo Almeida, Marion, Mike e Rubens.

O América empatou com o Ceará (0 a 0) pela Primeira Liga e derrotou o Democrata de Valadares por 2 a 0 pelo campeonato estadual. É cedo ainda para avaliar as chances reais da equipe nessas competições. Porém, recorrendo à memória e ao que se viu nesses jogos, é possível afirmar que temos excelentes goleiros; que estamos bem servidos de zagueiros; que temos opções nas laterais direita e esquerda; que há volantes de qualidade; que há meias experientes e jovens com potencial; e que os quatro atacantes podem dar conta do recado, a depender do esquema tático a ser adotado por Enderson Moreira – deixar o centroavante isolado na frente não combina com fazer gols. E sem gols não há vitórias.

Se contar ninguém acredita, mas parece que vai acontecer no América: em 2016, com orçamento de mais de R$ 50 milhões nas mãos, os dirigentes foram incapazes de contratar bons jogadores e montar um time que conquistasse vitórias e se fixasse na Série A; em 2017, com orçamento limitado, estão conseguindo formar um grupo que oferece boas alternativas de escalação ao treinador. Aparentemente (e nem é preciso lembrar que, muitas vezes, as aparências enganam, não é?), a turma deste ano é melhor que a do ano passado. Jogo a jogo, o torcedor vai conferir. Se, de fato, essa mágica for feita, vamos aplaudir.

Domingo, pelo Mineiro, o América enfrenta a URT. Torço para que Enderson Moreira tenha visto o que muitos torcedores viram: Tony está em mau momento e merece ser substituído. Há opções no banco, e como esse campeonato também é útil para fazer experiências, a escalação de outro jogador será natural. Sem crise.

Política acertada

No ano passado, a diretoria do América e o departamento de marketing erraram ao inflacionar o preço dos ingressos no Independência. Resultado: estádio vazio e saraivada de críticas. Antes tarde do que nunca, compreenderam que tinham de mudar. No jogo contra o Ceará, os ingressos custaram R$ 20 e R$ 10 no portão 3, e R$ 10 e R$ 5 no portão 6. O público não foi o que se poderia esperar, mas é aquele negócio: ressabiado com os pernetas de 2016, o torcedor vai demorar um pouco a pagar para ver a equipe de 2017. Cabe aos dirigentes insistir na campanha de reconquista da torcida, fazendo promoções e mantendo os ingressos com preços baixos.

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