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DA ARQUIBANCADA

A vitória e o uniforme foram bons

"Mas, infelizmente, o Coelho foi um amontoado de jogadores"

postado em 10/03/2017 12:00

Juarez Rodrigues/EM/D.A Pres
Desde 2011, toda quinta-feira à tarde/noite cumpro o compromisso de enviar a coluna para o jornal Estado de Minas e para o site Superesportes. A anterior a esta foi publicada na sexta-feira, 3 de março, com o título “Se eu fosse presidente do América”. No texto, apoiei as contratações de João Ricardo, Fernando Leal, Rafael Lima, Gustavo Blanco, Gérson Magrão e Hugo Almeida, somados aos pratas da casa que integram o profissional. Inteligente, o leitor compreendeu que havia ali uma crítica às contratações dos demais atletas não citados.

Fiz sugestões de ações para o clube reconquistar boa parte da torcida que deixou de frequentar o Independência, e também para conquistar novos torcedores. Como chamada principal, incluí o resgate dos uniformes com as cores que têm a ver com a história e a tradição do América: camisa branca com listras verdes e calção preto; uniforme todo branco com detalhes em verde nas peças que o compõem (camisa, calção, meias); e camisa verde com listras pretas. Escrevi: “Laranja? Só em forma de suco, nos cafés da manhã”.

Nas redes sociais, em grupos de americanos apaixonados pelo Coelho, houve participação intensa, com muitos apoiando a ideia e fazendo suas escolhas pessoais, uns preferindo a branca com listras verdes, outros a verde com listras pretas como uniforme número um, e a maioria escolhendo o todo branco com detalhes verdes como terceiro uniforme. A cor laranja no uniforme foi reprovada.

Por coincidência, no domingo, 5 de março, a diretoria do América “demitiu” os uniformes laranjas e trouxe de volta três tipos de vestimentas para homenagear conquistas do clube: 1) O decacampeonato (1916-1925); 2) A tríplice coroa de 1957 (quando escolhi o Coelho para torcer); 3) O título de 1971, ano em que Jair Bala fez gol de bicicleta e o Coelhão foi campeão mineiro invicto. A diretoria americana, que tanto erra e constantemente irrita os torcedores, desta vez acertou.

Ainda mais que, à noite, com os jogadores vestindo a camisa verde e preta (modelo 1971), o América derrotou o Uberlândia por 1 a 0 e passou a ocupar a terceira posição na tabela de classificação do Mineiro. A vitória e o uniforme foram bons, mas, infelizmente, o Coelho foi um amontoado de jogadores. O jogo deu calo nos olhos e vários atletas provaram que seu futebol minúsculo não será suficiente para o clube disputar a Série B, classificar-se entre os primeiros e retornar à Série A. Está evidente que o grupo precisa de mais um bom lateral-direito, dois bons laterais-
esquerdos, dois bons volantes, dois bons meias de criação e um centroavante calejado e decisivo.

Não há dúvida de que será necessário contratar jogadores capacitados a chegar, vestir o uniforme e assumir a titularidade. Depois do jogo com o Uberlândia, fiquei ainda mais firme na aprovação à contratação daqueles jogadores lá do primeiro parágrafo; e também mais convicto de que os dirigentes erraram ao contratar os atletas que ali não foram incluídos. Para a Série B, dá tempo de consertar.

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