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DA ARQUIBANCADA

Tem de contratar para a Série B

No meu ponto de vista, o América tem apenas sete titulares: João Ricardo, Messias, Rafael Lima, Gustavo Blanco, Christian, Gérson Magrão e Ruy

postado em 28/04/2017 12:00 / atualizado em 28/04/2017 08:56

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
O América ficou no meio do caminho em todas as competições que disputou neste ano: Copa do Brasil, Primeira Liga e Campeonato Mineiro. Portanto, não é necessário ser profeta para afirmar que o time é fraco para a Série B, a mais importante disputa do clube em 2017. Mais importante por motivos óbvios: ao conquistar uma vaga entre os quatro primeiros, voltará à Primeira Divisão em 2018.

Subir para a Primeirona é o sonho maior do torcedor americano e objetivo honroso que o Coelho deverá buscar com todas as suas forças a partir de agora. Porém, para que o sonho se realize e o objetivo seja alcançado, dirigentes, diretor de futebol e treinador terão de botar suas mãos na consciência e pesar os prós e contras de suas atuações. Em especial, anotar e grifar os erros de indicação de jogadores, de contratação e de escalação.

Exemplo: faltam duas semanas para a estreia no Brasileiro e o time não tem laterais de qualidade. Auro e Alex Silva marcam e atacam mal, e Pará é um dos piores que vi jogar, atacando ou defendendo. Não entendo como dirigentes, diretor de futebol e treinador não enxergam essas obviedades. Não tem nada a ver, mas se gostam deles como pessoas, ok, paguem seus salários, mas os deixem no banco de reservas ou para compor o grupo. Ernandes é o menos fraco dos quatro. Urge contratar bons jogadores para ambas as laterais.

No meio-campo, quando Christian foi escalado, fez ótima dupla com Gustavo Blanco e o time passou a criar mais. Não deu para entender por que o treinador o deixou de fora desses jogos das semifinais. O mesmo ocorreu com Zé Ricardo, que encarou uma roubada e deu conta do recado com categoria. Não tenho receio de afirmar: Christian e Zé Ricardo são melhores do que Juninho. Um deles – ou ambos – deveria estar no time titular. Um meio-campo que misture a juventude, a garra e o futebol qualificado de Gustavo Blanco, Christian ou Zé Ricardo com a experiência de Gérson Magrão e Ruy (boa contratação) poderá trazer resultados positivos ao Coelhão.

Renan Oliveira é aquele jogador quase bom, pois nunca explode. E nas duas partidas contra os azuis provou que não é decisivo: perdeu gols que poderiam ser os da classificação. Para piorar, na parte final do jogo no Mineirão, errou passes que propiciaram contra-ataques perigosos ao adversário. Se eu fosse treinador, ele não seria titular.

Felipe Amorim nem deveria ter voltado ao América. Assim como Renan Oliveira, não é decisivo e não tem a estrela exigida para ser titular. Se quiserem insistir em pagar seu salário, ok, mas o deixem no banco de reservas. O mesmo vale para o centroavante Hugo Almeida, que faz poucos gols e apanha da bola sempre que dele ela se aproxima. É esforçado, só isso. Urge contratar um ou dois centroavantes calejados, com faro e fome de gols. E dar chances reais a Rubens e Pilar.

No meu ponto de vista, o América tem apenas sete titulares: João Ricardo, Messias, Rafael Lima, Gustavo Blanco, Christian, Gérson Magrão e Ruy. Tem de contratar para a Série B.

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