Neste ano, Enderson trouxe os jogadores que quis e teve tempo para treinar e organizar a equipe de acordo com a sua maneira de ver e praticar o futebol. Infelizmente, até o momento, o saldo de seu trabalho não tem sido diferente do que foi na Série A. No Mineiro, não conseguiu conquistar o bicampeonato, o América ficou em terceiro lugar. Na Copa do Brasil e na Primeira Liga também não obteve sucesso, o Coelho saiu cedo de ambas as competições.
Juntando a Série A’2016 com as disputas oficiais de 2017, o treinador comandou o América em 41 partidas, com 11 vitórias, 11 empates e 19 derrotas: 44 pontos conquistados em 123 possíveis. Aproveitamento de 35,7%, média baixa. Detalhe: pela Copa do Brasil, embora tenha empatado com o Murici por 0 a 0 no tempo normal, o Coelhão foi eliminado nos pênaltis. As estatísticas consideram o resultado desse jogo como empate; computei como derrota, o que efetivamente foi.
Portanto, até o dia de hoje, o desempenho de Enderson Moreira no América não é exatamente o que se pode chamar de admirável ou, simplesmente, bom. Não. Pelo contrário, os adjetivos adequados para classificar o trabalho do treinador são decepcionante ou, simplesmente, ruim. Alerta: na Série B, rendimento de 35,7% é pouco; para garantir a volta à Primeirona, o Coelho precisará atingir ao menos 65 pontos em 114 possíveis, aproveitamento mínimo de 57%. Enderson terá de fazer a equipe render muito mais.
Critiquei dirigentes, diretor de futebol e o treinador diversas vezes, por entender que o grupo americano estava carente de bons jogadores nas laterais e no ataque. Nesta semana vieram reforços para essas posições. Aleluia! Se esses atletas tiverem qualidade e dando um desconto a eles na questão do tempo, já que chegaram em cima da hora para a estreia, Enderson tem a obrigação profissional de escalar os melhores e montar um time para ter sucesso na competição.
Até agora, Enderson Moreira preferiu usar esquemas táticos defensivos, mas o time do América terá de ser mais que isso para conquistar o coração americano e a vaga na Primeirona’2018. O torcedor quer ver o Coelhão ofensivo, pois time que não faz gols não chega a lugar algum.