Neste sábado, o torcedor do América tem o compromisso obrigatório de ir ao Independência apoiar o time contra o Guarani. De preferência, levar consigo um, dois, três ou mais amigos. Motivações não faltam, entre elas, os fatos inegáveis de que a equipe está firme, bem posicionada no G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro e jogando bom futebol.
Além disso, vale lembrar que o mundo da bola criou e consagrou a expressão “jogo de seis pontos” para definir a importância e a condição específica de confrontos como esse entre o Coelhão de Belo Horizonte e o Bugre de Campinas: na tabela de classificação, o Guarani está em segundo lugar, com 25 pontos, e o América em terceiro, com 23.
Penso até que esse América x Guarani pode ser considerado jogo de nove pontos, uma vez que o líder Juventude tem 26 e, se for derrotado pelo Ceará e o América derrotar o Guarani, ambos ficarão com igual número de pontos. Portanto, é jogo quente, pegando fogo, que merece estádio cheio e torcida animada. Chegou a hora de tirar o pijama. Todos ao Independência!
Torcer e secar
Torcer e secar são duas faces da mesma moeda: a paixão pelo clube que você escolheu para chamar de seu. Ações que podem ser feitas ao mesmo tempo, são fáceis, de graça e prazerosas. Na terça-feira, fiz assim:1) Com caneta Bic vermelha (a preta e a azul uso apenas para assinar cheques sem fundo) listei os 10 jogos da rodada em uma folha em branco, colocando ao lado de cada time seus pontos na tabela de classificação;
2) Com caneta Bic verde circulei os resultados que interessavam ao América: coluna um, empate ou coluna dois; nesse ato, pedi ao Padim Padi Ciçu para que desse tudo certo – e também para que uma chuva boa, prazenteira e regular acabe de vez com a aridez no sertão;
3) Como a rodada foi cheia, mas com jogos em horários diversos, assisti em casa às partidas de adversários para secá-los e preencher o tempo de espera para o principal evento esportivo da noite, o maior espetáculo da Terra, que você sabe qual foi, leitor/torcedor americano; se estivesse no estádio do Coelho, levaria a tal folha no bolso e de tempos em tempos lembraria ao Padim Ciçu o meu pedido;
4) Suei frio com os perigos na área de João Ricardo, Messias e Rafael Lima, mas logo depois pulei da poltrona e vibrei com o golaço do Ruy, o primeiro do Coelhão; em paralelo, fui secando os adversários que pelejavam no mesmo horário;
5) Terminado o grande show americano com a vitória por 2 a 0 sobre o Boa, eu e meus convidados tomamos mais uma para relaxar: ufa!;
6) Depois disso, me posicionei para secar os concorrentes que jogariam a partir das 21h30;
7) Rodada encerrada, fiz o balanço final: além da vitória do América, foram bons os empates de Criciúma x Paysandu, Náutico x Juventude e Luverdense x Santa Cruz; boa também a derrota do Oeste (16 pontos) para o Brasil de Pelotas (agora com 17).
Ou seja: valeu a pena, não custou nada e me diverti. Como me divirto ao escrever esta coluna todas as semanas. Mesmo sem dinheiro no banco.