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COLUNA DA ARQUIBANCADA

O Independência em questão

Alencar da Silveira: 'Tem horas que o Kalil viaja na maionese'

postado em 13/10/2017 12:00 / atualizado em 13/10/2017 10:44

Bruno Cantini/Atlético

Assim que saiu a notícia de que conselheiros do Atlético Mineiro tinham aprovado o projeto de construção do estádio do clube, o apressado Bruno Balsimelli, presidente da BWA/Luarenas, correu para declarar à imprensa: “Em 2022, não vamos optar pela renovação do contrato de administração do Independência. Nós vamos com o Atlético para o novo estádio“. Além de ter sido mal-agradecido e mal-educado com o governo estadual e com o América, aos quais deve (pasmem!) R$ 5 milhões pelo não pagamento de aluguéis do Independência, o empresário se esqueceu de um pequeno detalhe: até 2021, quando está prevista a inauguração do Poleiro do Galo, em qual estádio o Atlético disputará seus jogos? Será no Mineirão? Ou na Arena do Jacaré?

Na semana passada, Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético e prefeito de Belo Horizonte, foi entrevistado no programa Bola da Vez, do canal ESPN. A certa altura, o estádio Independência foi o centro das atenções. Segundo Kalil, “O Atlético tentou negociar, sim, para pegar o Independência. Pouca gente sabe disso. A gente ia ficar em definitivo com parte do estádio, junto com o América. Mas o América tem o cardeal, o sabiá, sei lá mais quem que manda lá... [e eles disseram que] O Atlético nós não queremos”.

Para conhecer o ponto de vista americano nessa questão, conversei por telefone com Alencar da Silveira Júnior, presidente do América. “Tem horas que o Kalil viaja na maionese. Neste momento, qualquer proposta dele é sem sentido e não tem jeito de ser aceita, por um motivo muito simples: até 2029, o estádio está cedido pelo América ao governo do estado. Se for o caso, veja bem, não estou dizendo que será, o América poderá estudar propostas e pensar em algum tipo de parceria só em 2029, quando o Independência voltará às mãos do clube. Ainda faltam 12 anos, é bobagem ficar falando disso agora”.

Perguntei a ele sobre as dificuldades do futebol mineiro. Alencar afirmou que “o governador Fernando Pimentel tem poder para criar um consórcio e entregar os dois estádios da cidade para América, Atlético e Cruzeiro administrarem juntos”. A partir daí, segundo ele, “jogos com potencial para até 23 mil torcedores seriam disputados no Independência; acima disso, os times jogariam no Mineirão. O consórcio é uma solução viável”.

Insisti sobre o projeto de construção do estádio do Atlético. “A média de público do Atlético este ano foi de 14 mil torcedores. Para que construir um estádio para 40 mil? Belo Horizonte não comporta três estádios. É melhor pensar nesse consórcio dos três clubes e utilizar o Mineirão e o Independência de acordo com a estimativa de público prevista para cada partida”. Alencar arrematou: “O América está disposto a participar. Quando o governador decidir organizar o consórcio e unir os clubes de Belo Horizonte, isso trará bons frutos para todos nós”.

E por falar em estádio Independência, torcedor (a), sábado é dia de vestir a camisa do América e apoiar o time contra o Luverdense. Coeeelho!

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