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SON SALVADOR

CANELADAS

postado em 02/05/2017 12:00 / atualizado em 02/05/2017 08:37


Bem, o clássico entre Cruzeiro e Atlético foi mais "pegado" fora de campo. Durante a semana que antecedeu o clássico o que se viu foi dirigente dando canelada, a PM dando cartão vermelho para os 10% da torcida do Cruzeiro no Horto, o presidente da Federação Mineira de Futebol dizendo que não conversaria com o Vicintin , diretor do Cruzeiro. Muitas bolas fora, e o pior: sem gandula. Durante o jogo propriamente dito, os jogadores deram uma lição que deveria ser assimilada pelos  birrentos cartolas. Disputaram um jogo com muita aplicação e, ao fim, se cumprimentaram. Sem fazer beicinho, sem ficar de mal, sem sapatear. Tomara que depois do jogo final haja o mesmo entendimento.

DIFERENTE
Desta vez o Atlético foi mais defensivo, deixou a posse de bola com o Cruzeiro e se aplicou de forma intensa à marcação. Mesmo atuando com um jogador a menos, pois a fase atual do Robinho é péssima – não consegue dominar a bola e não se aplica na marcação, sendo especialista no estilo "cerca Lourenço", e está sempre fora do combate.  O time do Roger intensificou a cobertura aos laterais. Com isso, a equipe cruzeirense perdeu a velocidade do contra-ataque.

FINALIZAÇÃO
O Cruzeiro errou mais uma vez ao não contar com um finalizador dentro da área. Teve poucas chances de gol, mas quando as teve não havia a presença do centroavante. Jogou bem distribuído, com o Rafael Sobis fazendo boa partida como articulador de jogadas, mas não era ele quem deveria estar na área para finalizar?

NÃO ACONTECEU
De Arrascaeta, que sempre fez gols nos clássicos contra o Atlético, desta vez não se deu bem. Não fez gol e se complicou diante da marcação atleticana. Ficou devendo.

E AÍ?
Falam em torcida única como se ela resolvesse todos os problemas de segurança do futebol. Não é bem assim. Na falta de uma torcida adversária, torcedores do mesmo time brigam entre si. Lamentável.

NÃO ADIANTA
Mano Menezes faz um belo trabalho no Cruzeiro, mas não  se contém quando seu time não consegue vencer. Como alguns outros treinadores, Mano tem a mania de querer apitar o jogo depois que ele termina.

APITO
Dos lances discutidos, o único que poderia ter um outro desfecho foi o do Gabriel, que cometeu falta no Élber. A interpretação poderia ser a favor do cartão vermelho. Mas o amarelo não foi um absurdo.

SE FUCKS....
Em Salvador, a coisa ficou complicada depois do jogo entre Vitória e Bahia. Mas, vejam os ingredientes que levaram a partida decisiva à efervescência: Argel Fucks, treinador que parece estar sempre ligado a uma tomada de 220 volts; Caíque, aquele goleiro que tentou bater no Marinho, seu colega de time, por ele ter perdido um gol contra o Atlético; Edson, jogador de meio campo do Bahia, especialista em fazer gestos para o banco de reserva adversário; Feijão, jogador que adora uma confusão. Ou seja, só faltou a pólvora. Mas explodiu. Foi sopapo e correria para todo lado. Foi tanta confusão, tanto carnaval, que o próximo Ba-Vi deverá ser disputado num trio elétrico, e com uma boa escolta. Por ora, deu Bahia....

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