Mas o Atlético não se iludiu com a presença de sua torcida, conteve a empolgação e foi mais eficiente. Merecidamente conquistou o título.
LATERAL
Se o Diogo Barbosa não foi o lateral ofensivo que se esperava, o Atlético teve em Marcos Rocha um jogador acima da média. Tanto na marcação quanto no ataque foi muito bem. A jogada do segundo gol nasceu da sua voluntariedade. Tomou a bola do Sobis, driblou mais um adversário e entregou ao Cazares, que, num passe perfeito, serviu ao Elias. Está jogando muito.
SOBIS DESCE
O torcedor cruzeirense espera muito mais do Sobis. Nos últimos jogos, ele tem se dividido. Não sabe se joga bola ou se discute com o árbitro. Isso, durante algum tempo, passa a impressão de que a culpa de tudo é da arbitragem. Mas, aos poucos, percebe-se que ele tem falado muito mais do que jogado. Isso enerva o time, atrasa o jogo e não leva a nada. Talvez a responsabilidade de ser o chamado falso camisa 9 esteja pesando. Sobis atua melhor na criação de jogadas.
GOLAÇOS...
Dois gols muito bonitos. O do Robinho e o do Ábila. Um do Pedalada e outro de bicicleta. O do cruzeirense foi uma pintura.
VIOLÊNCIA
Rafinha foi bem na partida. Jogou em velocidade e foi quem mais tentou vencer a defesa atleticana. Vendo e revendo o lance em que o jogador do Cruzeiro levou o cartão vermelho, chego à conclusão de que foi agressão. Rafinha bateu com muita força o seu rosto no cotovelo do Adílson. E perto do árbitro.
DEBATE
Entre uma gelada e outra, a turma começou a discutir a questão do camisa 9. Houve gente dizendo que centroavante é coisa do passado, houve gente dizendo que sem ele não dá para ser um time vencedor. Orozimbo, encostado no balcão, só escutava. Entre um gole e outro, sorria, achava a conversa enfadonha. Até que alguém lhe fez a pergunta: “Diz aí, Oró. O que você acha desse assunto?”. A resposta veio rapidinho: “Seguinte, o problema do falso 9 é que ele é falso”. Falou e disse.
PERGUNTA
Me digam: o jogo é no Horto, e alguns torcedores conseguem arrumar briga no Barreiro. Será problema no GPS? Ou não gostam de futebol? Fato é que o péssimo comportamento dos brigões serve de argumento para quem não quer ver os estádios lotados e com os torcedores de bem torcendo pelo seu time.
ARBITRAGEM
Pela dificuldade do jogo, pela rivalidade, até que o Igor Benevenuto foi bem. A expulsão do Rafinha foi um equívoco, e cartão vermelho para o Adílson seria dispensável. Aliás, nenhum dos dois cometeu falta tão violenta quanto a do Hudson no Marcos Rocha no começo da partida. Quem pisou na bola foi o bandeirinha, que deu impedimento naquele gol do Robinho. Como o Atlético venceu, vai ficar por isso mesmo, mas o equívoco poderia ter complicado a decisão.
SEGUINTE
Fica a lição. O jogo ocorreu no Horto com os 10% de torcedores do Cruzeiro. Mais do que justo. Então, aquela troca de farpas, aquela briga na semana que antecedeu a decisão, não fez nenhum sentido. Desde que haja organização, o estádio pode muito bem receber duas torcidas.