O drama de alguns treinadores é ter de administrar um elenco que conta com jogadores de nome que não rendem o esperado. Tirar uma figurinha carimbada da equipe significa brigar com dirigentes, torcedores, isso para não falar no próprio atleta. O técnico acaba tendo que justificar os altos salários colocando em campo um jogador que não atua com a eficiência esperada. Nada contra o jogador, que, contratado, tenta fazer sua parte, mas o tempo não perdoa, a explosão muscular não é mais a mesma, a velocidade ficou no passado. Resta-lhe encurtar caminho, mostrar experiência. Mas isso não basta. Robinho tem sido um jogador muito abaixo do que se espera. Não consegue dar sequência às jogadas, tenta pedalar,mas o freio de mão está puxado. Mas o que fazer? Esse é o problema atleticano.
DEU GALLO
Contra o Vitória o Atlético foi um time medíocre. Jogou contra o lanterna e foi pior que ele. O lance do Erazo cometendo a penalidade foi o retrato de um time sem velocidade, sem reação e mal posicionado. Aliás, escalado contra o Avaí no jogo anterior, Erazo disse que não esperava ser titular. Ora, o moço joga no Atlético, tem um alto salário, treina, tem toda estrutura de um grande clube à sua disposição, não está contundido... E não esperava jogar na zaga titular? Esperava o quê? Atuar como bandeirinha, gandula?? E ainda foi escalado na Bahia.... O time do Gallo adorou.
ELENCO
Não sei de quem foi a ideia de dizer que o Atlético tinha um bom elenco. Pelo jeito, a rapaziada está entrando em campo determinada a mostrar o inverso. Mas um time que tem Robinho e Fred no ataque teria de render mais. Mesmo depois de um almoço recheado de acarajé.
MARCAÇÃO
Depois da saída do Leandro Donizete, o meio campo do Atlético perdeu força de marcação. Com a chegada do Adílson, a coisa melhorou. Bastou a sua contusão para que o time abrisse a porteira. Ou seja, toque de bola o time tem demais, o que está faltando é jogador que retome a bola.
ÁBILA
Modernidade à parte, time grande, time que pretende chegar a títulos tem que contar com um centroavante. A improvisação tem de seraexceção. Não pode predominar. Também é certo que a jogada refinada do jogador de fino trato diante da bola faz o espetáculo, mas quem o define é o gol. Pode ser de letra, de bico, de cabeça, o gol resolve, define quem é quem. Então, esse Ábila há muito vem dando um exemplo de profissionalismo e de determinação. Está sempre contribuindo com seus gols, está sempre lutando contra os zagueiros. É hora de reconhecer a importância do rapaz.
CHEGOU
Rafael Marques chegou ao Cruzeiro e foi logo recebendo tratamento de titular. Ora, se não era titular no Palmeiras, certamente não estaria pronto para ser titular no Cruzeiro. Precisa se adaptar, precisa treinar com os novos companheiros. E, cá para nós, não é mais jogador que o Alisson.
SISTEMA
Um dos problemas do Cruzeiro é enfrentar, quando joga em casa, equipes que se dedicam à marcação. São times que, no máximo, tentam buscar um empate. Isso dificulta a movimentação do ataque, embola o meio-campo. O remédio para esse tipo de jogo é a paciência e o jogo pelas laterais. É aquele tipo de jogo que enerva jogadores e torcida. Mas a superioridade técnica acaba prevalecendo.
