SANGUE NOVO
Num grupo que conta com Manoel, Ezequiel, Ariel e Rafael, a rima que completa o sistema tático do Cruzeiro é Raniel. Realmente, o rapaz chegou e deu rima. Joga um futebol moderno e corajoso, parte para cima dos adversários com muita vontade e, o que mais impressiona, com técnica. Acredita em todas, se movimenta fora da área sem perder a sintonia com a sua principal função, que é a de fazer gols. Uma bela descoberta do Cruzeiro, que não precisa mais utilizar o famigerado falso 9. Tem Raniel e Sassá. Eles resolvem o problema.
VOLTOU
Depois de muito tempo fora do time e de um retorno que chegou a deixar algumas dúvidas, Lucas Silva está recuperando seu melhor futebol. Ainda não é aquele craque que defendia e chegava ao ataque para finalizar, mas tem sido peça importante nesse grupo cruzeirense.
GORDURA EM FRITURA
O Corinthians está dando mostras de que a fase boa passou. Está se complicando, mas a vantagem que adquiriu no primeiro turno é tamanha que, mesmo perdendo uma sequência de jogos, continua liderando e contando com uma bela vantagem. O Grêmio, do Renato Gaúcho, poderia se aproximar do líder, mas, dividido entre Brasileirão e outras disputas, vai patinando ao utilizar o seu time alternativo.
MANIA
Vez ou outra surgem algumas expressões no futebol que, graças à falta de criatividade, vão se tornando uma praga. Agora, alguém cismou de dizer que um time tem que saber sofrer. Ora, quer dizer que o torcedor sai de casa, vai ao estádio, paga um ingresso caro, tem que enfrentar fila, assaltos e preços abusivos e se aloja numa cadeira para ver o seu time mostrar que sabe sofrer? Que diabo de futebol masoquista é esse?
– Onde você vai?
– Ora, vou ao estádio sofrer um pouquinho. Não tenho muito o que fazer, estou feliz, então preciso de uma boa dose de sofrimento!
PIOR
Pior é que até quando uma equipe vence a partida tem alguém para abrir o bico e dizer: “Venceu porque soube sofrer!”. Durma-se com esse martírio! Sou do tempo em que o torcedor ia ao estádio para ter alegria, para comemorar. O mesmo acontecia com os craques. Eram felizes, não aceitavam o sofrimento. Acho que até a bola era mais feliz, pois era bem tratada.
VEJA BEM
Micale não foi vaiado porque tirou o Adílson de campo. Foi vaiado porque deu um banho de água fria no time ao colocar o Robinho em campo. Não funciona. O jogador parece não ter vontade de mudar o rumo da sua história no Atlético. Consegue ficar na reserva de um limitado Cazares, que é aquele craque vaga-lume, pisca muito. Alterna boas partidas com jornadas ridículas, se omite em campo
Então, quando o treinador utiliza o rapaz das pedaladas, o Atlético fica com um jogador a menos. Acredito até que o ex-santista possa melhorar seu aproveitamento. Mas, até agora, a impressão que fica é a de que ele se divorciou da bola. Divórcio amigável, os dois ainda se encontram, mas não acontece nada...
REFLEXÂO
Quando vejo o Roger defendendo e atacando pelo Botafogo, mesmo com sua idade um pouco mais avançada; quando vejo o Sheik aprontando para cima dos adversários, ignorando que é bem mais velho que eles; quando vejo o Ricardo Oliveira atuando pelo Santos como craque e como atleta, fico aqui pensando: e o Fred? Cadê o Fred?
CHORORÔ
Das reclamações do Palmeiras contra o Vuaden , só concordo com uma: Valdívia tinha que levar um cartão naquele lance com o William do Bigode. O atleticano entrou com o pé no joelho do adversário. Poderia ter sido expulso. O resto é choradeira de quem pretende pressionar os apitadores.