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BOLADAS E BOTINADAS

Historinha do gavião e a raposa

postado em 03/10/2017 12:00


De repente, o gavião da Fiel, meio desajeitado, meio perdendo as penas da calda, se mostrou assustado, olhou para a Raposa e disse: “Onde já se viu? Vim aqui buscar três pontos, cheguei sabendo que você estava numa ressaca dos diabos e que não seria páreo para o líder do Campeonato Brasileiro, e você me complica.  Marca bem, corre, dá sufoco... eu não esperava por isso!” Foi aí que a Raposa respondeu: “Saiba que todo título serve de incentivo, dá forças, confirma a competência, traz a autoconfiança. Além do mais, nada melhor para curar a ressaca que uma boa corrida, uma boa disputa. E pode ter certeza, ficou barato, porque mesmo depois das comemorações, meu time foi melhor. E o gavião seguiu rumo ao aeroporto, e foi resmungando pelo caminho: “Ressaca danada! Ressaca danada!!!!”

Antes do jogo, o que mais ouvi foram comentários sobre a festança cruzeirense. Não sei como, mas me contaram que a turma se esbaldou. Então, a expectativa era a de que a partida seria complicadíssima, com direto a chá de boldo no intervalo de jogo. Mas o que vi não foi isso. O Cruzeiro foi melhor que o adversário no primeiro tempo, jogou bem e poderia ter vencido a partida, não fosse aquele pênalti no final da segunda etapa. Não demora muito, vão criar o termo  ‘ressaca positiva’.  Pelo visto, foi essa que acometeu o time azul.
 
DOR DE COTOVELO
Primeiro a turma dizia que a decisão entre Cruzeiro e Flamengo seria o jogo do ano, uma decisão maravilhosa, um grande espetáculo. Ocorreu que o Flamengo perdeu. Então, começaram a torcer o nariz. Disseram que não foi um jogo bonito, que tudo foi decidido nos pênaltis. Ora, decisão não é jogo de exibição, não tem espaço para malabaristas e focas amestradas. Decisão é coisa para quem pretende buscar um título.  E o Cruzeiro buscou, com muita competência.

QUASE LÁ...
Segue o Galo sonhando com o G-6. Ainda está longe disso, terá que remar muito para chegar entre os primeiros. Por enquanto, o time do Oswaldo de Oliveira está no Gedoz. Isso mesmo, está com a mesma pontuação do Atlético Paranaense. Claro, a vitória contra o Furacão na casa dele é um feito elogiável, mas a verdade é que o time perdeu muitos pontos dentro de casa. Equipes de menor porte técnico conseguiram cozinhar o Galo no chamado caldeirão do Horto. Mas, para a comissão técnica que chega, uma vitória fora de casa é muito importante.

PEDALADA
Oswaldo de Oliveira ajeitou uma posição para o Robinho. Ou seja, acabou aquela moleza de ficar batendo papo no banco de reservas. Não sei qual foi o teor da conversa entre técnico e jogador, só sei que o rapaz voltou a pedalar. Vai ver o novo comandante desempenou as rodas da bicicleta. Mas ainda falta muita coisa para esse time engrenar de vez. Acho que o Cazares se omite na hora de dar combate, Fred parece estar esperando alguém que faça o trabalho de garçom. Por outro lado, o Otero já faz por merecer uma chance e o Valdívia vai crescendo de produção.

TV MURO
O genial Chiquinho, meu conterrâneo lá de Sabará, faz sucesso com sua TV doméstica, transmite uma programação para o aparelho que fica sobre o muro. Assim, quem passa pela rua acompanha sua programação. Pois bem, temos agora a opinião do muro. Ocorre um pênalti e o muro fica numa saia justa e, em vez de seguir o livro de regras do jogo, prefere dizer: “Eu não daria”. Como assim? Não daria por birra? Porque não quer contrariar a torcida de outro estado, porque não entende de arbitragem?  Pior é que tem gente brigando com as imagens. Que dureza!!!!

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