COPA

Sósias de Maradona e Valderrama ganham espaço de Pelé na entrada do Maraca

Ídolos de Argentina e Colômbia aproveitam "sumiço" de sósia do Rei

postado em 20/06/2014 14:15 / atualizado em 20/06/2014 14:34

Cassio Zirpoli/DP

Cassio Zirpoli
Enviado especial

Rio de Janeiro - Tradicionalmente, um sósia de Pelé ganha uns trocados na frente do Maracanã em dia de jogo. Sumido nos últimos dias, viu a concorrência crescer. Não bastasse o eterno concorrente ao posto de melhor do mundo no futebol, Maradona, há também um Valderrama na parada, no embalo da seleção colombiana, já classificada às oitavas da Copa. Dividindo o espaço na frente da entrada principal do estádio, onde fica a estátua de Bellini, os dois cobram pequenas quantias por uma foto. Tamanha a quantidade de torcedores estrangeiros no entorno do Maraca desde que começou o torneio, a clientela tem sido até razoável.

Morando há um ano e meio no Brasil, o artista circense Carlos Escobar, de 30 anos, aproveitou o Mundial para faturar um pouco mais. Vestido de Valderrama, mas autointitulado de "Chocorrama", ele faz malabarismos com a bola a cada foto tirada com torcedores. Antes do Mundial, estava seguindo o Circo Guanabana (uma corruptela de "Guanabara").

"O Valderrama é uma figura querida na Colômbia, que todos reconhecem já pelo cabelo. Essa boa campanha do país só faz com que o torcedor recorde dele", diz Escobar que, na verdade, é chileno, natural de Rancagua, na região central do país. O maior ganho dele até então foi uma nota de R$ 20, dada justamente por um torcedor colombiano, feliz pelas duas vitórias da seleção no torneio.
Cassio Zirpoli/DP

A dez metros de distância, tendo o monumento ao campeão mundial de 1958 como referência, o argentino Daniel Gonzalez gritava para o público "El Pibe", o apelido de Diego Armando Maradona. Vestido dos pés a cabeça com o uniforme usado pelos hermanos na final do Mundial de 1986, quando Dieguito brilhou, o autônomo de 35 anos já tinha recebido algumas moedas. Menos que o concorrente ao lado.

De peruca, com o antigo cabelo volumoso do craque, ele diz que já trabalha como "sósia" há tempos. Em Buenos Aires, onde mora, atua da mesma forma no estádio do Boca Juniors, a La Bombonera. "É uma satisfação a resposta do público, tanto na casa do Boca, que também é a casa de Maradona, quanto aqui no Brasil, no Maracanã. Até o Pelé (sósia) gostou", disse. Por sinal, até o fim da manhã, o sósia de Pelé não havia aparecido. Deixou o mercado aberto para Maradona e Valderrama...
Cassio Zirpoli/DP