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FUTEBOL NACIONAL

Jobson revela tortura policial e sonha com redução de punição por parte da Fifa

O atacante ex-Botafogo chegou a ficar preso por duas noites e foi liberado após pagar fiança

postado em 19/07/2015 20:39

Divulgação
O atacante Jobson, que parecia ter recuperado a forma no Botafogo neste primeiro semestre de 2015, amarga a sensação de ver a carreira profissional por um fio. Atualmente morando em Conceição do Araguaia, pequeno município do Pará, o atacante revelou, em entrevista à TV Globo, os momentos difíceis pelos quais vem passando, sendo alvo até de tortura policial, e o sonho de ter a punição da Fifa diminuída para voltar a jogar.

Suspenso dos gramados por quatro anos, em resolução tomada pela Fifa no primeiro semestre, por ter recusado fazer um exame de controle de doping quando jogava nos Emirados Árabes, Jobson se envolveu em confusão há algumas semanas ao ser flagrado dirigindo sob efeito de álcool. O atacante ex-Botafogo chegou a ficar preso por duas noites e foi liberado após pagar fiança equivalente a dez salários mínimos.

No entanto, Jobson revelou que foi torturado e insultado pelos policiais ao ser abordado, o que já está sendo protestado pela família do atleta na Promotoria. “Fui surpreendido por dois soldados que agrediram meu rosto, não tive nem poder de reação. Foi tortura, foi racismo. Me enforcaram e saíram me arrastando. Meu negócio é jogar futebol, não é ficar em cadeia ou passar pela humilhação que passei”, contou o jogador, que admitiu ter recusado fazer o teste de bafômetro.

Ao falar sobre o episódio do doping, Jobson revelou que recusou fazer o teste com medo de alguma armação do presidente do clube. “Não estava nem jogando eles queriam que eu fizesse o doping. Já estava em uma briga com o presidente, pelo não pagamento de salários, ai eu recusei o teste porque achei que ele estaria armando alguma coisa. Já chorei muito, foi um baque a Fifa me dar quatro anos de suspensão”, disse.

Com problemas disciplinares em alguns clubes pelos quais passou, como Bahia e São Caetano, Jobson teme que o ostracismo o tente à perdição, mas sonha em voltar a jogar. “Este ano ficará marcado para sempre na minha vida. Espero que a Fifa possa me ver como humano e reduzir minha pena. O que eles estão tirando é o que eu mais gosto de fazer, que é jogar futebol. É o que eu sei fazer, não fiz faculdade, preciso jogar”, clamou.

De acordo com a reportagem veiculada pela TV Globo neste domingo, a defesa do jogador tenta comprovar para a Promotoria do Estado que Jobson foi agredido e que houve, assim, abuso da autoridade policial. O Promotor pediu o afastamento dos policiias envolvidos na abordagem e garantiu que serão enquadrados na lei apropriada.

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