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Um time para brilhar no Rio

Em homenagem aos mineiros que competiram em Londres, governador Antonio Anastasia anuncia projeto para garantir medalhas em 2016

Renan Damasceno - Estado de Minas

Publicação:

26/09/2012 08:25

Mesa-tenista Carlo Michell destacou que intenção do governo chega em boa hora (Omar Freire/Imprensa MG)
Mesa-tenista Carlo Michell destacou que intenção do governo chega em boa hora

Em homenagem aos atletas mineiros que competiram na Paralimpíada de Londres, nessa terça-feira, no Palácio Tiradentes, o governador Antonio Anastasia afirmou o desejo de criar o Time Minas, para dar mais apoio ao paradesporto no estado. A iniciativa, cobrada pelos atletas durante a solenidade, visa a melhor preparação para os Jogos Paralímpicos do Rio’2016.

“É mais que um dever, é uma obrigação nossa, depois de tantas conquistas dos atletas mineiros, a criação do Time Minas, que é o primeiro passo para que na Paralimpíada’2016 tenhamos ainda mais atletas de Minas Gerais. É uma iniciativa muito aquém do merecido por estes atletas, que superaram adversidades para ter performance espetacular em Londres”, afirmou Anastasia.

Seis competidores que estiveram na capital inglesa foram homenageados com medalhas de congratulação: Carlos Bartô, Izabela Campos (atletismo), Deane Almeida (judô), Carlo Michell (tênis de mesa), Daniel Rodrigues e Rafael Medeiros (tênis em cadeira de rodas), além de técnicos e atletas-guia. Ao todo, foram 15 competidores mineiros em Londres, que ajudaram o Brasil na melhor campanha de sua história, terminando na sétima colocação geral, com 21 ouros, 14 prata e 8 bronzes.

“Hoje os estados apoiam atletas de ponta, como o Time Rio e o Time São Paulo. Esperamos que em Minas encaminhe a criação do Time Minas, para que a gente não chegue com uma ou duas medalhas, mas com oito, 10”, afirmou Carlo Michell, que treina em Jundiaí. Para Carluxo, como é conhecido, a criação da equipe, à exemplo de Rio e São Paulo, daria melhor suporte na preparação para os Jogos da capital fluminense.

APOIO Segundo o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, a parceria entre a entidade e os estados têm sido fundamental para o desenvolvimento do paradesporto. “Primeiramente é feito um convênio entre o CPB com os estados ou municípios. Eles entram com recursos financeiros e o CPB com a expertise técnica. A gente faz um planejamento individualizado, com vários modelos diferentes. Não é só a bolsa mensal que é importante para o atleta, mas oferecer material, treinamento adequado e intercâmbios”, explicou Parsons, presente nessa terça à homenagem.

A falta deste acompanhamento é apontada pelos atletas mineiros como o principal entrave na busca por melhores resultados. “A gente só consegue medir nossa performance quando temos contato com outros atletas. E, muitas vezes, ficamos isolados. Só quando vamos treinar com o CPB que temos acesso à estrutura adequada. Para alcançar medalhas no Rio é preciso ter este acompanhamento no dia a dia”, lembra o atleta Carlos Bartô.

Na cerimônia, o governo também afirmou que o Centro Olímpico, recém-inaugurado na Pampulha, tem estrutura para receber atletas com necessidades especiais e que existe a possibilidade de recebê-los para treino já em 2013.

ENQUANTO ISSO...
Dilma quer grafia antiga

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou há duas semanas que a presidente Dilma Rousseff quer vetar o uso do termo “paralímpico”, voltando a usar a expressão paraolímpico, considerada mais correta do ponto de vista gramatical. A palavra paraolimpíada foi substituída em novembro de 2011 por determinação do CPB, que buscava uma aproximação com o termo em inglês “paralympic” e com outros países de língua portuguesa, como Portugal.

TRÊS PERGUNTAS PARA...
Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro

As campanhas nas últimas Paralimpíadas ajudaram a mudar a forma de o brasileiro enxergar os portadores de necessidades especiais?
“Sim, e é importante este prestígio. Nesta Paralimpíada eu senti que eles foram tratados com carinho, não carinho de piedade, mas de orgulho. Os brasileiros ficaram orgulhosos por eles. Em Brasília, quando fomos recebidos pela presidente Dilma Rousseff, teve fila de atleta olímpico para tirar foto com o Daniel Dias. É o reconhecimento de que eles são profissionais de alto rendimento e que a deficiência é uma das características, não a principal.”

Os resultados ajudam nesta mudança de percepção?
“A gente só consegue o reconhecimento através do alto rendimento, tratando o deficiente como atleta que supera sua deficiência. Não negando, mas trabalhando em cima dela para correr 200m em 21s, como fez o Alan Fonteles para vencer o Oscar Pistorius. Esta forma de encarar a deficiência ajuda a quebrar preconceito.”

Estes atletas são exemplos para as crianças com deficiência?
O esporte precisa de ídolos, referências positivas. Com boas performances, você inspira uma nova geração de pessoas com deficiência a procurar o esporte. Quem é apaixonado por futebol quer ser o novo Zico, o novo Ronaldo. A gente tem que permitir que a criança com deficiência aspire se transformar em um novo Clodoaldo Silva, um novo Daniel Dias. Não estamos falando apenas em quadro de medalhas. Nosso objetivo é universalizar a prática esportiva para o portador de deficiência.”

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