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TARDELLI

No coração da Massa

postado em 25/07/2013 09:21 / atualizado em 25/07/2013 09:26

Juarez Rodrigues/EM
O atacante Diego Tardelli todo mundo conhece. Versátil, veloz, exímio finalizador, ágil, driblador, inteligente... Como vinho, evolui a cada ano. Paulista de Santa Bárbara d’Oeste, aos 28 anos ele divide com Ronaldinho Gaúcho a condição de ídolo do Atlético. Ao chegar ao clube em 2009, vindo do Flamengo, como o R10, encontrou seu grande futebol, foi artilheiro do país na temporada (42 gols), conquistou a Massa e chegou à Seleção. Casamento interrompido em 2011, ao ir para o russo Anzhi Makhachkala – e de lá para o Al Gharafa, do Catar. Quase dois anos depois, retornou com impressionante evolução tática.

Resumido o alvinegro Tardelli, poucos conhecem o Diego. Então o apresentemos pelo olhar de pessoas queridas, que falam da personalidade do pai de Pietra, de 6 anos, e Diego, de 1 ano e 11 meses. “Difícil falar. Sou a fã nº 1. Estou com ele desde os 18 anos e, mesmo depois de uma década, estamos cada vez mais juntos”, diz a mulher, a catarinense Linda Vanessa Araújo Martins, que conheceu o craque em Camboriú. Dona de loja de roupas infantis em BH, ela diz que nunca foi do meio do futebol. “Como não acredito em coincidência, creio que nosso encontro era para acontecer.”

Linda exalta duas qualidades do marido. “Diego é um homem de bom coração e excelente pai. Eu era modelo, não queria ter filhos, ele me convenceu e tivemos Pietra e Dieguinho, os melhores presentes da nossa vida.” E revela: “Ele é um homem romântico. Que mulher não se encanta? É daqueles de fazer surpresas, acender velas…” A década juntos a levou a entender de bola. “Eu o conheci disputando a Copinha (Copa São Paulo de Juniores, pelo São Paulo) e aos poucos fui descobrindo o futebol. Hoje até me atrevo a discutir. Vejo os jogos, mas sou extremamente nervosa. Nesta Libertadores desenvolvi uma gastrite. Sofri com uma terrível dor de estômago.”

ORGULHO O pai, José Tadeu Martins, o Zé Tadeu, foi atacante do Atlético-PR, Portuguesa, Paraná e Londrina e técnico do Francisco Beltrão-PR. “Acima de tudo, eu o respeito pela humildade, pela persistência e pelo coração espetacular. Características que provocam empatia por onde passa. Prova maior é a multidão atleticana que conquistou. Ele me deixa muito feliz por ser amigo dos amigos.”

Zé Tadeu recorda que Tardelli sempre o acompanhou nos gramados. “Meu filho realizou meu sonho melhor do que eu imaginava, com conquistas bem maiores do que as minhas. O orgulho é imenso”. Ele confessa que nos jogos fica sempre com a adrenalina em alta. “A ansiedade e a preocupação são constantes, mas tenho a certeza de que tudo vai sair certo.” E prossegue: “Sou mineiro de BH e o Atlético é o clube do coração da família. Tem gerações esperando essa conquista e Diego teve a chance de eternizar e perpetuar um feito maravilhoso”.

O pai recorda que ao receber a proposta do Atlético em 2009 o filho lhe telefonou. “Eu disse para ele ir e que, se jogasse como no São Paulo, onde não foi valorizado, teria a chance de virar ídolo. A Massa, depois de Reinaldo e Marques, estava carente de uma referência. Ele se entregou, o atleticano o abraçou, e deu tudo certo. Nunca esquecemos aquela conversa. Diego criou raízes no Galo, viveu experiências importantes, cresceu taticamente e, para fechar uma linda história – não é paternalismo, mas merecimento –, só falta a Seleção em 2014.”



o grande momento

O GOL DA VIRADA NO MORUMBI, QUE PERMITIU AO ATLÉTICO TRAZER A VANTAGEM PARA O HORTO, NAS OITAVAS DE FINAL



ATLÉTICO 2 X 1 SÁO PAULO

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