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BOLADAS E BOTINADAS

A culpa foi da trave...

postado em 19/09/2017 12:00 / atualizado em 19/09/2017 08:33

Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Depois do jogo contra o Vasco, o atacante Jô disse não ter sentido onde a bola bateu em seu corpo. Portanto, não saberia dizer se o gol foi com o braço, com a mão ou com outra parte do corpo. Só tem uma explicação: Jô está jogando anestesiado. Não sente nada, como ele mesmo disse, apenas se joga na bola. Claro, disse isso custando a conter aquele sorriso de quem sabia a verdade. Mas, o atacante ter evitado assumir o erro, não foi nada diante dos debates que vieram. Na maioria das vezes, tentaram fazer comparações com aquele lance em que o Rodrigo Caio livrou a cara do corintiano ao se acusar diante da arbitragem. Ora, o foco não seria esse. A principal questão a ser debatida teria que ser o papel daquele moço vestido de árbitro, que fica ali atrás do gol. Estaria ele, durante o jogo, trocando figurinhas ou sonhando acordado com a chance de um dia ser o árbitro principal? Estaria ele, despistadamente, passando um WhatsApp? Ou será que ele estava apenas tentando marcar uma consulta oftalmológica? Foi duro ouvir uns e outros dizendo que talvez a trave tenha impedido a visão do moço. Sei... vão acabar punindo a trave...

SANTO JÔ
O atacante corintiano não se fez de rogado ao incluir em seu dircurso até Deus. Segundo ele, agora, é uma outra pessoa. Não apronta, não comete excessos... Como diria o sábio Tim Maia: “Só mente um pouquinho”. Ora, é muita cara de pau. O anestesiado camisa 9, além de tudo, é dissimulado.

ENTÃO FICAMOS ASSIM...
Colocaram um árbitro atrás do gol que era para evitar dúvidas em lances polêmicos. Então o cara fica ali, faz uma pose esquisita, meio em pé, meio agachado, estica o pescoço, faz careta e não resolve o problema.  E tem mais: ele recebe para tal e, quando erra, não paga nada.

LÁ VAI O GALO
Segue o Atlético naquele batidão. Entra em campo toca a bola, mas não decide. Falta velocidade para vencer a defesa adversária. Desta vez, contra o Avaí, o Otero saiu do banco para resolver pelo menos o gol de empate. Não sei como ele é reserva num time que conta com um Cazares que desaparece em campo. A fase do equatoriano é tão ruim que o Robinho entrou e jogou mais que ele. O empate em Santa Catarina não foi um bom negócio, foi péssimo, um time caro como o do Galo não pode ter o direito de tropeçar em equipes tão frágeis, ainda mais quando precisa melhorar sua campanha.
 
DESCOMPASSO
Desta vez, o Fred se movimentou um pouco mais, buscou o jogo. Mas não teve a companhia ideal no ataque. Essa mania de escalar atacante como secretário de lateral é muito complicado. Luan, por exemplo, poderia render muito mais se não tivesse que jogar de ala o tempo todo. Há um desgaste absurdo, enquanto o defensor é poupado.

PAMPULHA
Que coisa estranha o gramado do Mineirão! Parece que houve uma exposição agropecuária naquele gramado. Está horroroso.  Mas esse não foi o grande problema do Cruzeiro. Na verdade, o Bahia veio a BH mais para segurar o Cruzeiro do que para tentar vencer o jogo. Mas, o que contam são os três pontos e eles ficaram com o time do Mano Menezes que, mesmo se esforçando, não consegue tirar da cabeça a decisão contra o Flamengo. Isso deve estar também influenciando a equipe.

AUSÊNCIA
Chamou a atenção a ausência do Sassá. O atracante vinha fazendo boa campanha, se destacando. Lembro-me de uma declaração do Mano Menezes em certa entrevista, quando elogiou o atleta mas disse que ele precisava aprender a ser mais profissional. Aquilo foi um puxão de orelha. Mas, se o ex-botafoguense bobear, vai perder espaço. Esse Raniel é muito bom e já caiu no gosto da torcida.

AZEDOU
O PSG montou uma bela equipe, ainda mais com a contratação do Neymar. Ocorre que está havendo uma disputa para ver quem é mais estrela em campo. Cavani, que reinava absoluto, cobrava faltas, penalidades, gritava em campo, e agora começa a entrar em atrito com o Neymar. O uruguaio, que já havia se desentendido com Daniel Alves, não permitiu que o camisa 10 cobrasse uma penalidade. Pois bem, o goleiro do Lyon defendeu e, mesmo vencendo o jogo por 2 a 0, o PSG saiu de campo carregando o peso de uma disputa interna. Os franceses terão a oportunidade de observar de perto a rivalidade entre Brasil e Uruguai.

GAÚCHO
Posso estar enganado, mas o Grêmio está correndo o risco de se dar muito mal na Libertadores. Até há pouco tempo, era a equipe mais promissora na disputa continental. Mas a impressão que fica é a de que a coisa desandou. Renato secou o Corinthians, mas alguém está secando o tricolor gaúcho.

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