Há 14 anos, o Papão da Curuzu disputava a Série B em busca do segundo título e consequentemente do acesso à elite nacional. Naquela ocasião, o torneio foi dividido em duas chaves com 14 clubes, e o Papão liderou o Grupo A ao somar 47 pontos em 26 partidas.
Nas quartas de final, a equipe paraense eliminou o União São João e avançou para o quadrangular final, enfrentando Figueirense, Caxias e Avaí. No fim, o Bicolor levou o título com nove pontos e vantagem no saldo de gols sobre o Figueira (6 a 0).
Em 2002, Givanildo liderou o Papão à sua maior glória no futebol nacional. Recém-promovido à Primeira Divisão, o clube mediu forças com agremiações tradicionais na Copa dos Campeões e garantiu o título.
Na fase de grupos, o Paysandu terminou em primeiro junto do Fluminense, com cinco pontos. Corinthians e Náutico, com dois cada, acabaram eliminados. No mata-mata, a equipe do Norte do país bateu Bahia (2 a 1, nas quartas de final) e Palmeiras (3 a 1, na semifinal). O adversário da decisão era o Cruzeiro, amplamente favorito.
Na primeira partida, a Raposa não teve dificuldades e venceu por 2 a 1, gols de Fábio Júnior e Joãozinho – Sandro Goiano marcou para o Paysandu. Na volta, porém, a história foi completamente diferente. Numa atuação histórica, o time da Curuzu contou com falhas do goleiro Jefferson, então revelação do clube celeste, e venceu por 4 a 3, levando a decisão para os pênaltis. Os gols do Paysandu foram de Vandick (3) e Jobson. Fábio Júnior, duas vezes, e Cris balançaram as redes para o Cruzeiro.
Nas penalidades máximas, Ricardinho e Vander acertaram o travessão, enquanto Jussiê, do Cruzeiro, parou no goleiro Marcão. Jobson, Welber e Gino converteram as cobranças do Paysandu e garantiram o troféu nacional.
“Merecemos pelo que fizemos. Foi um time valente. É difícil encarar uma equipe como essa do Cruzeiro. Uma equipe forte, com um grande treinador, de muita pegada. Então, conseguir ser campeão perdendo o primeiro jogo e correndo atrás do placar tem uma importância muito grande não só para o Pará, mas para o nosso lado também do Nordeste, pois sou nordestino. Os jogadores, pelo que fizeram em campo, estão de parabéns”, dizia na época Givanildo Oliveira, durante a festa do título do Papão no Castelão (CE), em 4 de agosto de 2002.
Durante a trajetória no Paysandu, Givanildo Oliveira também conquistou cinco Campeonatos Paraenses (1987, 1992, 2000, 2001 e 2002) e uma Copa Norte (2002), sendo o treinador mais vitorioso da história do clube.
CRUZEIRO 3X4 PAYSANDU
CRUZEIRO
Jefferson, Maicon (Ruy), Cris, Luisão e Leandro; Augusto Recife, Ricardinho, Vânder e Jorge Wagner (Jussiê); Joãozinho e Fábio Júnior
Técnico: Marco Aurélio
PAYSANDU
Marcão, Marcos, Gino, Sérgio e Luís Fernando; Sandro Goiano, Rogerinho, Jóbson e Wélber; Jajá (Vânderson) e Vandick (Albertinho)
Técnico: Givanildo Oliveira
Motivo: jogo de volta da final da Copa dos Campeões
Local: Castelão, em Fortaleza-CE
Data: 04/08/2002 - Domingo
Árbitro: Paulo César de Oliveira (SP)
Pênaltis: Cruzeiro 0x3 Paysandu
Ricardinho e Vander acertaram o travessão, enquanto Jussiê parou no goleiro Marcão (CRU)
Jobson, Welber e Gino marcaram para o Paysandu, que ficou com o título (PAY)