“Não estamos nos preparando para nada. Na minha opinião, não existe sentido para qualquer tipo de disputa, não existe clima para isso. O que a gente quer é que termine rápido, independentemente de resultado. É o sentimento de todos. Não existe mais competição, nós perdemos muitas pessoas. Eu trabalhei com vários atletas, que infelizmente faleceram, e o nosso sentimento é de terminar este ano, de virar a página, de fazer o tempo correr. Foi um ano muito duro, ficamos quase todo o campeonato na zona de rebaixamento e temos a situação definida na competição. Os jogadores estão sofrendo bastante”, disse o comandante do Coelho.
Entre os atletas que trabalharam com Enderson Moreira em outras ocasiões estão os sobreviventes Jackson Follmann e o zagueiro Neto, e os falecidos Josimar, Matheus Biteco, Lucas Gomes e Kempes. Em meio à dor pela partida de amigos, o treinador americano vê uma luz no fim do túnel e acredita plenamente na recuperação da Chapecoense, que tem recebido apoio e solidariedade de todas as partes do mundo.
“Ficar remoendo isso mais uma semana, para nós é extremamente doloroso, desgastante. Ficar convivendo ainda com isso... Nós precisamos fazer uma grande homenagem para todos ali. A Chapecoense terá que ser muito forte, não só os dirigentes, mas os atletas que não viajaram e a cidade em si. A comunidade de Chapecó precisa ter muita força para poder reconstruir o que é o exemplo para outras equipes, que é a organização, a seriedade e o envolvimento. Tenho certeza que eles irão se reerguer”, encerrou Enderson Moreira.