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Enderson comemora estabilidade, exalta ambiente no América e projeta acesso

Com vitória, treinador comemorou 450 dias no comando técnico alviverde

postado em 15/10/2017 08:00 / atualizado em 14/10/2017 21:59

Mourão Panda/América
Enderson Moreira pôde comemorar 450 dias a frente do comando técnico do América com uma boa vitória sobre o Luverdense, nesse sábado, no Independência. Ele é o segundo treinador há mais tempo no cargo entre as equipes da Série B – está atrás apenas de Claudio Tencati, há seis anos no Londrina.

Quando chegou ao Coelho, em julho de 2016, o clube já estava com o destino praticamente selado ao rebaixamento na Série A do Brasileiro. Caberia a Enderson a reestruturação da equipe para a segunda divisão nacional em 2017, na luta pelo acesso, e a boa campanha alviverde é um resultado conjunto.

“Posso falar algumas coisas. Primeiramente, o América é um clube muito sério, dirigido por pessoas extremamente corretas, que se dedicam e não querem, na verdade, nenhum tipo de benefício. Eles trabalham para o América, eles dedicam o tempo deles em função do América. Esse é um primeiro aspecto, que é muito importante. É um clube que está sendo muito correto e isso é difícil no futebol hoje. Por mais que as pessoas possam imaginar, o América tem cumprido de uma maneira muito firme...não é fácil para o América ter esse tipo de atitude, porque as dificuldades são enormes. A gente vê essa turma que está trabalhando, Luiz Kriwat, Paulo Assis, juntamente com o lado técnico, o Ricardo Drubscky, todos os presidentes, mais o Salum, que está dentro de todo o processo, a gente percebe que todos eles têm uma dedicação...o Alencar, que é o presidente desse grupo gestor, não vou falar o nome de todos aqui, pois vou esquecer de algum, mas são todos extremamente dedicados, cada hora é um que participa das viagens, que acompanha, e assim, a gente percebe toda a dedicação deles”, explicou Enderson.

O América segue a passos firmes para garantir uma vaga na primeira divisão em 2018. O Alviverde mineiro é o clube com menos derrotas em 29 jogos – apenas cinco – e está na vice-liderança da competição, três pontos atrás do Internacional. A boa campanha valorizou o individual e o coletivo.

Enderson recusou proposta para treinar a Chapecoense e foi sondado para assumir Ponte Preta e Vasco. O nome do treinador é elogiado e lembrado sempre que um colega perde o cargo. Para o treinador, o entendimento com a diretoria alviverde e o elenco será relembrado e o ambiente deve ser exaltado.

“Isso faz com que a gente tenha um ambiente sadio, honesto, sério, trabalhador, então os atletas entenderam o que a gente está propondo, não é fácil jogar na nossa equipe, não é fácil manter um grupo vivo, motivado, se dedicando diariamente. Eu tive informações hoje do treinamento dos não relacionados. O treino foi maravilhoso. Foi como se estivessem jogando. Então isso faz diferença. E quando você consegue, no futebol, um ambiente assim, ninguém quer sair. Ninguém quer largar, quer abrir mão disso, porque é raro, não é coisa fácil. A gente não tem medalhões, mas a gente tem um grupo extremamente dedicado. Cada atleta com suas características, suas limitações, e é grupo que se gosta muito”, revelou Enderson.

“Isso é para se valorizar muito. Falo muito com eles assim: a gente não sabe, imagina se vai conseguir o acesso, está trabalhando muito para isso, mas é um grupo que vai ficar marcado na minha vida, não tenham dúvida disso. É realmente um grupo diferente, não só os atletas, grupo de apoio, comissão técnica, direção, a dedicação deles é uma coisa absurda. Queria ressaltar isso porque eles são criticados demais quando as coisas não acontecem, mas não depende apenas deles, e a gente tem que valorizar muito isso. Por isso que a gente gosta tanto de trabalhar num clube como o América”, complementou.