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MINEIRÃO 50 ANOS

Gigante de muita história

Caderno que circula neste domingo abre série sobre os 50 anos do Mineirão no Estado de Minas

postado em 29/08/2015 11:00

Arquivo/EM/D.A Press
Os números são de impressionar: 3.486 jogos, 9.602 gols. Mas, para além deles, as histórias é que ajudam a compreender a trajetória cinquentenária do Mineirão, a ser completada no próximo sábado. Do sonho de construção do estádio, que teve origem ainda no fim da década de 1940, ao primeiro gol (Buglê, no 1 a 0 da Seleção Mineira sobre o River Plate) e às conquistas emblemáticas de Cruzeiro, Atlético e América. A síntese desse período que mudou a rota do futebol mineiro e também trouxe a Belo Horizonte alguns dos maiores jogadores do mundo está no caderno especial Mineirão – 50 anos, que circulará amanhã no Estado de Minas.

A publicação abre a série que o jornal publicará até a data do aniversário. Entre os protagonistas retratados está Pelé, o maior jogador de todos os tempos. Pelo Gigante da Pampulha passou uma geração de craques que nasceram em Minas, como o Rei, que atuaram pelos clubes da capital, como Tostão, Dirceu Lopes, Reinaldo, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, e estrangeiros consagrados, entre eles Beckenbauer, Platini, George Weah e Messi. Foram ídolos como eles, ao lado de tantos atletas que, mesmo não alcançando a condição de ícones, os responsáveis por ter levado milhões de torcedores às arquibancadas do Mineirão.

Os bastidores políticos em torno do projeto, que uniram correntes distintas em Minas, também estão retratados. Ao lado deles, o impasse em torno do local em que a obra seria erguida. Além da Pampulha, numa área anexa ao câmpus da Universidade Federal de Minas Gerais, terrenos nas regiões Nordeste e Sul estiveram nos planos para receber aquele que se transformaria no grande símbolo do futebol em Belo Horizonte. Com sua capacidade para 125 mil pessoas, gradativamente reduzida ao longo dos anos, o Mineirão cumpriria a missão de tomar o lugar do Independência, então o maior estádio da capital mineira, construído para a Copa de 1950.

EM ALTA

Sua inauguração coincide com um período de reposicionamento do futebol mineiro a partir da década de 1960, cujos clubes passaram de coadjuvantes a protagonistas. O Cruzeiro dá o primeiro passo nesse sentido, ao ganhar a Taça Brasil de 1966 sobre o poderoso Santos de Pelé. E o Atlético confirma, senão a mudança, o reordenamento do eixo do esporte no país, ao vencer o Campeonato Brasileiro em 1971. O caderno especial que amanhã abre a série lança um olhar histórico sobre essas transformações e seus significados, que redundariam nas conquistas das Copas Libertadores de 1976 e 1997 (Raposa) e 2013 (Galo), além dos Brasileiros de 2013 e 2014 (Cruzeiro), e cinco Copas do Brasil (Cruzeiro, em 1993, 1996, 2000 e 2003, e Galo, em 2014).

Jogaços, como os 6 a 2 do Cruzeiro sobre o Santos em 1966, os 2 a 0 do Atlético sobre o Olimpia em 2013 e o vexatório 7 a 1 da Alemanha sobre a Seleção Brasileira no Mundial de 2014 estarão para sempre gravados como símbolos do velho e do novo Mineirão, reformulado para a Copa do ano passado. E, acima deles, o papel dos personagens que ajudaram a transformar esses acontecimentos em espetáculos e, mais do isso, em história: os craques da bola.

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