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CASO BRUNO

Goleiro Bruno no Atlético: promessa, confusões e quase ida para a Holanda

Bruno estreou como profissional no Galo em 2005 e ficou no clube até 2006

postado em 24/02/2017 14:18 / atualizado em 24/02/2017 15:10

Auremar de Castro/EM/D.A Press
O goleiro Bruno, que teve seu habeas corpus concedido nesta sexta-feira, teve uma trajetória rápida, porém conturbada e de sucesso, com a camisa do Atlético. O jogador chegou para as categorias de base do clube em 2002. Ganhou destaque, e subiu para o time profissional em 2004.

Seu primeiro jogo como profissional ocorreu em 12 de junho de 2005, no empate do Atlético com o Internacional por 1 a 1, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. Na ocasião. O Galo, que era dirigido por Tite, entrou em campo com: Bruno; Evanílson, Henrique, André Luís e Rubens Cardoso (Marquinhos); Ataliba, Walker, Fábio Baiano e Rodrigo Fabri (Zé Antônio); Euler e Fábio Júnior.

Na ocasião, Bruno era o terceiro goleiro e substituiu Danrlei, que estava suspenso, e Diego, convocado para defender a Seleção Brasileira sub-20. Pouco depois, foi efetivado na posição na partida contra o Juventude, em agosto de 2005. Caiu com o time para a Segunda Divisão naquele ano.

No Galo, foi eleito o goleiro da seleção do Troféu Telê Santana, em 2005. Naquele mesmo ano, com 20 anos, o goleiro se envolveu em uma confusão na porta da Escola Estadual Pedro Alcântara de Nogueira, em Ribeirão das Neves, e passou a noite detido na 10ª Delegacia Seccional do município da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Em fevereiro de 2006, nova confusão envolvendo Bruno, que terminou na delegacia. O goleiro foi detido pela Polícia Militar, no Bairro Santa Matilde, também em Neves, acusado de “manobras perigosas” com um automóvel Honda Civic. Segundo o boletim de ocorrência da PM, o então camisa 1 do Galo “não gostou de ser advertido” e foi levado para a 10ª Seccional, onde foi autuado por desacato. O jogador perdeu sete pontos na carteira de habilitação e teve o documento apreendido.



Em maio daquele ano, o goleiro Bruno recebeu uma advertência por escrito da diretoria do Atlético, por declarações dadas à imprensa. Ele apontou Edson como seu substituto quando, na verdade, a diretoria pensava em outro jogador. “Todos nós sabemos da qualidade do Bruno, mas isso não lhe dá o direito de decidir quem vai ser o novo goleiro, que dia que ele vai sair, a hora que vai sair. Nós não fomos procurados por nenhum empresário”, disse Ziza Valadares, presidente do Atlético na época. “O Bruno é fundamental para o Atlético. Ele está tentando forçar a venda, e nós não aceitamos isso”, completou.

Seu último jogo pelo Atlético foi na vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa, em 29 de julho de 2006, pela 14ª rodada da Série B. Naquele jogo, o Galo, então dirigido por Levir Culpi, teve: Bruno; Marcos, Daniel Marques (Dinélson, depois Tchô) e Lima; Márcio Araújo, Henrique, Márcio, Danilinho e André Santos; Marinho e Roni (Galvão). Com a camisa do Galo, disputou 59 jogos, sofrendo 67 gols.

Naquele mesmo ano, o Atlético recebeu uma proposta do Az Alkmaar, e por pouco Bruno não foi jogar na Holanda. Mas o negócio acabou não sendo fechado por detalhes. Em agosto, um mês depois de ter sua negociação fracassada, ele teve 85% de seus direitos negociados com o grupo de investidores MSI, sendo repassado ao Corinthians.

Mas menos de três semanas depois de ser contratado, Bruno pediu dispensa do clube paulista e foi liberado. Ele tinha contrato com o clube de Parque São Jorge até o fim do ano, mas nem chegou a entrar em campo pelo Timão. Na época, especulava-se que ele voltaria ao Galo.

“O Bruno faltou, não avisou e não foi autorizado a se ausentar de São Paulo. E parece que ele fez um comentário desrespeitoso para o clube. A diretoria leu e resolveu tomar um decisão”, disse o técnico da época, Emerson Leão. Na sequência, o jogador foi repassado ao Flamengo.

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