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MINEIRÃO

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PM considera positivo saldo do esquema no jogo Atlético x São Paulo e pretende repeti-lo nas partidas com previsão de 50 mil pessoas. Número de multas foi recorde

postado em 31/07/2015 11:00 / atualizado em 31/07/2015 11:10

Tulio Santos/EM/D.A Press

Na contramão da insatisfação geral dos torcedores do Atlético, que foram de carro ao jogo contra o São Paulo, a Polícia Militar e a BHTrans consideram que o saldo foi positivo nos diversos bloqueios estabelecidos nas três principais vias da Pampulha de acesso ao Mineirão. Tanto que o esquema deve ser repetido em outros confrontos de grande porte, com expectativa de público na casa dos 50 mil. Já em partidas com menor número de pessoas será permitido estacionar no entorno do estádio.

Na quarta-feira, a PM aplicou 250 notificações de multa por estacionamento em local proibido. Por causa dos bloqueios, muitos atleticanos tiveram de deixar os carros distantes do Mineirão e caminhar longo trecho a pé. A proibição do acesso de veículos particulares – táxis e ônibus continuaram liberados a circular nas imediações – ocorreu a partir do momento em que foram preenchidas as 2,9 mil vagas do estacionamento do estádio.

Para o major Fábio Almeida, da 17ª Companhia do 34º Batalhão e comandante de toda a operação, o resultado é considerado satisfatório porque melhorou o fluxo de carros antes e depois do jogo: “Conseguimos liberar as vias mais rapidamente e o torcedor teve mais facilidade para se locomover na chegada ao estádio, permanecer tranquilo do lado de fora e depois ir embora. Conseguimos atingir bem a finalidade, que era evitar a disputa simultânea de carros e torcedores pelas vias. Além disso, a maioria dos torcedores ficou em alerta e chegou mais cedo, o que ajudou muito”.

Ainda que fosse proibido parar nas avenidas próximas ao Mineirão, o número de multas superou o habitual. Em jogos do mesmo porte, a média é de 180 notificações por estacionamento proibido. Segundo o major, a repetição da medida para desafogar o trânsito em grandes partidas depende da aprovação da BHTrans, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal. “Vamos fazer estudos e reuniões para encontrar a melhor solução para controlar o movimento de carros e pedestres”, afirma.


PACIÊNCIA

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press


Quem usou o transporte coletivo (Move) não teve problemas de acesso ao Mineirão, já que o desembarque ocorreu próximo ao Centro Esportivo Universitário (CEU), da UFMG. Mas quem foi de carro precisou de paciência para encontrar uma vaga. “É um absurdo. O Mineirão antigo não tinha esse tipo de problema. O torcedor tem de gastar mais dinheiro. Parei no Parque Guanabara e tive de vir caminhando. Deveriam liberar as pistas em volta e pronto”, criticou o analista de sistemas Matheus Barboza, de 25 anos.

O aposentado Alberto Luiz Vicente, de 61, cadeirante, se queixou do longo caminho que teve de percorrer para chegar a tempo do início do jogo. Ele estacionou no Bairro Ouro Preto, a aproximadamente três quilômetros do Mineirão. “O que dificulta é a quantidade de morros. Venho pela primeira vez ao Mineirão e estou achando muito difícil. Ainda assim, é mais fácil vir de carro do que de ônibus, porque depois do jogo tudo fica mais complicado”.

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