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Filho de peixe... número 1 é

Como toda a comissão técnica que naufragou na Copa foi dispensada, entre eles José Luiz Runco, criou-se a expectativa de quem seria o novo médico principal

postado em 25/07/2014 08:44 / atualizado em 25/07/2014 09:56

Jaeci Carvalho /Estado de Minas

ALEXANDRE GUZANSHE / EM DA PRESS
O presidente eleito da CBF, Marco Polo del Nero, em ligação para este colunista no fim da noite da terça-feira, encheu Rodrigo Lasmar de elogios, citando a competência e a discrição como pontos fortes. Dava todas as dicas de que pretendia manter o médico do Atlético na Seleção Brasileira. Como toda a comissão técnica que naufragou na Copa do Mundo foi dispensada, entre eles o médico principal, José Luiz Runco, criou-se a expectativa de quem seria o novo ocupante do cargo. Desde 2002 na Seleção, Rodrigo, agora o nº 1, foi elogiado também por Dunga. Para quem não sabe, é filho de Neylor Lasmar, o médico do time de Telê Santana nos Mundiais de 1982 e 1986. Neste último, ele levou o filho, ainda garoto, ao México.

R10 em tempos de despedida

Mesmo antes de ser autorizado pela comissão técnica do Atlético a participar, em Portugal, do jogo de despedida de Deco, Ronaldinho Gaúcho já havia decidido aceitar o convite. Ele atuou com o luso-brasileiro no Barcelona, pelo qual foram campeões da Europa em 2006, em Saint-Dennis. R10 anda insatisfeito no Galo, pois tem sido substituído seguidamente por Levir Culpi. Quarta-feira contra o Lanús, na decisão da Recopa Sul-Americana, mais uma vez saiu mais cedo e foi direto para o vestiário, só retornando ao gramado para a comemoração do título. Sua entrevista teve tom de despedida, embora ele assegure que vá cumprir o contrato até dezembro. O armador, com propostas da Turquia, dos Estados Unidos e da China, pode antecipar seu adeus para depois da despedida de Deco. O irmão e empresário, Roberto Assis, já teve dois encontros com a diretoria alvinegra para tentar encerrar o compromisso. Mesmo que vá embora, Ronaldinho já está na história do Galo como um dos seus maiores jogadores, símbolo da maior conquista do clube, a Libertadores de 2013. Uma história de amor que jamais terá fim.

Desafeto prestigiado

Dunga fez muitos desafetos em sua primeira passagem à frente da Seleção. Entre eles o administrador da CBF, o mineiro Guilherme Ribeiro. Numa partida amistosa, quando o técnico reclamou aos gritos de que o café não estava pronto no local em que havia pedido e levou o troco no mesmo tom. Agora de volta, o treinador tentou resgatar o antigo administrador, Américo Faria, mas o comando da CBF não topou. Guilherme Ribeiro tem carta branca para tocar seu trabalho. Como será a convivência com Dunga?

Cachimbo da paz: até quando?

Para recontratar Dunga, a CBF montou estratégia de guerra com a Rede Globo. Os dirigentes da entidade se sentaram com os da emissora, anunciaram que pretendiam levar o técnico de volta e garantiram que teriam com ele uma conversa e o treinador assumiria publicamente um mea-culpa com a imprensa em geral, o que ocorreu ao ser apresentado na terça-feira. Dunga já foi, inclusive, informado de que a parceira comercial terá prioridades em reportagens, como na era Felipão. Assim foi fumado o cachimbo da paz. Que Dunga saiba: a equipe global tem o direito de estar nos voos fretados da delegação, fazer imagens e até entrevistas exclusiva. Pelo menos neste início, ele aceitou de forma tranquila.

Trairagem e vara de marmelo
Ney Franco foi demitido pelo diretor de futebol do Flamengo, o mesmo Felipe Ximenes que vivia lhe pedindo para ser levado para a Gávea. Vanderlei Luxemburgo foi chamado de volta, mas não pelo dirigente, e sim por exigência de ex-presidentes rubro-negros, como Kléber Leite e Márcio Braga. Que, aliás, querem também a cabeça de Ximenes. Luxa tem seu planejamento pronto. O objetivo neste ano é livrar o time do rebaixamento. Em 2015, pretende reestruturar o futebol e buscar na base jogadores competentes, que tenham a chance de dar resultados no mesmo ano e conquistar títulos importantes em 2016. Para o técnico, não havia clube melhor no momento para assumir e buscar resgatar sua credibilidade, abalada nos últimos tempos. “Sou como vara de marmelo: envergo, mas não quebro”, diz.

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