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COLUNA DO JAECI

Galo bate recorde de público às 11h. Eu já sabia

postado em 29/06/2015 12:00 / atualizado em 29/06/2015 08:17

EM DA PRESS
Às 11h, e eu estava lá com 55 mil torcedores. Cheguei quase em cima da hora, mas a tempo de ver Leonardo Silva, o zagueiro artilheiro, pôr a bola no fundo do gol do Joinville, numa partida dificílima, em que o adversário teve uma proposta defensiva, abrindo mão de atacar. O goleiro Victor, o “São Victor”, como preferem os atleticanos, a rigor, não fez uma defesa sequer até os 43 minutos, quando, num contra-ataque, se esticou todo para defender uma bola bem chutada pelo time de Santa Catarina, e, depois, na cobrança do escanteio, viu a bola explodir no travessão. Além de mim, mais de 50 mil pessoas estavam lá, como meu amigo Ricardo Davi, que levou seu filho, pois nesse horário tudo fica mais fácil. A segurança é maior, os bandidos não vão ao estádio, e o chamado “salão de festas” alvinegro estava perfeito. É bem verdade que os jogadores têm de se adaptar ao novo horário, mas, para quem ganha R$ 200 mil ou R$ 300 mil mensais, não é nenhum problema. É questão de adaptação, de alimentação diferente, nada mais que isso. No Horto ou no Mineirão, o Galo é muito forte. Teve dificuldades, sim, pois enfrentou um time muito recuado e fechado, mas isso vai acontecer toda vez que jogar em casa.

Confesso que quando vi que o gol não saía e que o Galo estava sem criatividade, sem conseguir penetrar na defesa adversária, temi pelo pior. Pensei comigo: será que vai acontecer o mesmo que aconteceu com o Cruzeiro e outras equipes que jogaram em casa, pela manhã? Mas quando a coisa fica difícil, Leonardo Silva resolve. Foi ele quem resolveu no mesmo Mineirão, em 2013, na final da Copa Libertadores, e resolveu ontem, novamente. Um cara que foi dado como acabado para o futebol, que renasceu no alvinegro e hoje tem a cara do time. Mesmo com 35 anos, é um gigante na marcação e na ajuda ao ataque. Se o adversário vem fechado, Leo resolve com sua bela impulsão e visão do gol. Mas o torcedor queria muito mais.

É preciso ressaltar que este novo horário é excelente para o público, mas o sol, mesmo no inverno, castiga um pouco os atletas, e a qualidade do espetáculo cai um pouco. Porém, hoje em dia, com essa safra ruim, qualquer equipe média ou pequena faz frente aos gigantes do futebol. Não foi um jogo fácil, pois Victor, herói de tantas jornadas, quase entregou a rapadura ao tentar driblar Kempes. Por sorte do Galo, o atacante não empatou. Lucas Pratto, já no finalzinho, teve boa chance. Venceu o goleiro, mas não o zagueiro. O fim do jogo, pouco antes das 13h, deixava, pelo menos até aquele momento o Galo como vice-líder, e a família atleticana liberada para almoçar pelas redondezas do Mineirão ou mesmo curtir o restante do domingo com sua gente. Este horário é fantástico e está aprovado, só acho que não haverá público para quebrar o recorde alvinegro. No Horto ou no Mineirão, a torcida alvinegra marca presença e mostra ao Brasil, que num ou noutro, “É Galo, p....”

Seleção sem pátria
O Brasil continua sendo um fiasco no futebol, que é um reflexo de tudo o que acontece com a nossa sociedade, oprimida, sem saúde, educação, com violência na estratosfera e inflação galopante. Protagonizou, no sábado, mais um vexame, ao ser eliminada da Copa América pelo Paraguai, nos pênaltis. Mais uma vez, Thiago Silva cometeu pênalti desnecessário, que motivou o empate paraguaio no tempo normal. Já disse que jogador que chora e se recusa a bater pênalti não pode vestir a camisa amarela. David Luiz, que perdeu a posição por falha contra o Peru, é outro sem credibilidade. A safra é a pior da história, e agora só nos falta ficar fora do Mundial da Rússia, em 2018, caso não consigamos a classificação nas Eliminatórias, o que é bem provável, pelo péssimo futebol que temos apresentado. Esta Seleção parece não ter pátria, é um bando em campo, mal treinado, mal dirigido, sem criatividade ou padrão de jogo. Nossa principal estrela, Neymar, é um garoto mimado, que em nada contribui para a equipe. Ganhar amistosos é fácil, mas na hora de “a onça beber água”, a história é outra e ninguém mais nos respeita. Já fomos os melhores no esporte bretão, mas hoje somos apenas uma caricatura mal desenhada. O torcedor está cada vez mais distante da Seleção, e as mensagens que recebi dão conta de que boa parte torce mesmo é contra. Também, depois que levamos de 7 a 1 da Alemanha em plena Copa do Mundo no Brasil, não se pode exigir algo diferente, ainda mais numa equipe sem a menor qualidade e identificação com o nosso povo. E dos quatro times semifinalistas, os quatro treinadores são argentinos. Que tal importar um deles para dirigir nossa Seleção?

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