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COLUNA DO JAECI

Hoje, no Horto. Quarta, no salão de festas

'Já prevejo mais quebras de recordes de público por parte da fantástica torcida alvinegra. Se com a equipe mal ela jamais a abandona, imaginem disputando o título'

postado em 01/07/2015 12:00 / atualizado em 01/07/2015 16:24

Leandro Couri/EM/D.A Press

Entramos em julho e o Galo pode assumir a ponta do Brasileiro esta noite, diante do Coritiba, justamente no seu palco principal, o Horto. Com a força de uma torcida que vive quebrando recordes, não será difícil, tamanha a diferença entre os times. E é assumir a liderança para não perder mais, pois o Atlético continua sério candidato ao título. Vale lembrar que Levir Culpi não é Celso Roth, que perdeu a edição de 2009 quando faltavam cinco rodadas. Na quarta-feira que vem, contra o Sport, em jogo já marcado para o “salão de festas” do Mineirão, o alvinegro pode disparar e deixar para trás um concorrente.

Abro parêntesis para centenas de reclamações que recebi de pais, senhoras, senhores e crianças, impedidos de assistir à vitória sobre o Joinville, domingo (foto), por causa de gente mal educada, que fica em pé o tempo inteiro nas cadeiras, impedindo a visão de quem está atrás. Cadeira é feita para se sentar, e somente em lances importantes, de perigo de gol, os torcedores devem se levantar. Faço um alerta à Minas Arena: é preciso segurança para todos assistirem ao jogo. Lembro-me de um show de Elton John, em que as pessoas da frente tiveram a visão tampada por invasores que saíram de trás. Imediatamente, os seguranças entraram em ação e todo mundo pôde ver o espetáculo sentado, sem problema. Que o consórcio gaste o que for necessário. Quem paga tem o direito de assistir à partida. É preciso respeitar crianças e idosos. Nenhum pai tem condições de segurar o filho no colo por 90 minutos. Que o presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, também olhe isso e, se necessário, contrate seguranças e cobre o custo do consórcio. Importante é que todos os alvinegros tenham condições de ver cada detalhe de uma campanha que pode terminar em troféu. O Galo, se não sobra, está muito à frente da maioria dos medíocres times do país.

Já prevejo mais quebras de recordes de público por parte da fantástica torcida alvinegra. Se com a equipe mal ela jamais a abandona, imaginem disputando o título. É legal perceber que Minas permanece no topo. O atual bicampeão é o Cruzeiro, embora com campanha pífia neste ano. E o dono da Copa do Brasil é o Galo, que busca o título nacional há 44 anos. Um time dessa grandeza não pode ficar tantos anos na fila. A cada temporada o Brasileiro fica mais fraco e menos competitivo. O nível técnico do país, hoje o quinto da América do Sul – pelo menos é o que mostra a Seleção de Dunga – cai assustadoramente. E quando há um time organizado, bem treinado e com CT de alto nível, o resultado é este. O Galo não é a oitava maravilha do mundo, longe disso, mas é a melhor equipe do Brasil no momento. Ele não pode deixar a fase passar. É abrir vantagem sobre a concorrência para virar o turno com boa margem e gordura para queimar. Se os jogadores fizerem a parte deles, a torcida fará a dela. E não será surpresa alvinegros invadindo Maracanã, Beira Rio, Morumbi etc.

Contra adversários como o Coritiba, é faturar mais três pontos e fazer a Massa sair de campo cantando e dançando. O Atlético tem se dado ao luxo, neste ano, de jogar praticamente seis meses sem Marcos Rocha, envolvido em contusões, assim como Guilherme. Por isso sugeri ao presidente que venda o lateral-direito por R$ 35 milhões (é a proposta do Porto) e mantenha a casa em dia. Para mim, é o melhor da posição no país, mas não o vejo tanto à frente de Carlos César ou, mesmo, de Patric, que o substituem bem. Uma negociação seria boa para ele e para o clube.

Quanto a Lucas Pratto, também o negociaria, mas a torcida não pensa assim e quer que ele fique. Realmente, é um excelente centroavante, artilheiro, mas a grana é alta. Quem pensa, porém, em ganhar o Brasileirão tem mesmo é que manter os melhores e, se possível, se reforçar. O Atlético tem a faca e o queijo na mão para faturar esse caneco. Bastará manter o foco, acreditar em si próprio e perceber que os 19 concorrentes não têm cacife para superá-lo. Penso que chegou a hora de o alvinegro acabar com a síndrome. Time, técnico e banco para isso, tem. Resta saber se acreditará nas próprias forças. A Massa, aquela que faz a diferença, acredita e muito.

Audiência

Os números do nosso Alterosa no Ataque no interior são espetaculares. Em Divinópolis, por exemplo, somos vice-líderes, perdendo apenas para a novela da Globo. Quanto aos outros canais, damos de goleada, com mais de quatro vezes a média. Aqui na capital também estamos em alta. O programa vai completar quatro anos no sábado, 4 de julho, e só temos a agradecer pela grande audiência.

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