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COLUNA DO JAECI

Vitória na raça, na garra e com a assinatura de Patric

"O segundo turno começou semana passada, mas já é nítida a diferença de Corinthians e Galo para os demais. O Timão abre 12 pontos do quarto colocado, ao passo que o Galo abre oito"

postado em 31/08/2015 12:00

ROBERTO FILHO/ELEVEN/ESTADAO CONTEUDO
Dessa vez a invenção de Levir Culpi deu certo e Patric acabou marcando o gol da vitória do Galo contra o Fluminense, no Maracanã. A diretoria alvinegra não está satisfeita com o trabalho do treinador, pela queda nos últimos jogos, mas, de forma competitiva e na pontuação, o Galo se manteve na cola do líder, Corinthians, a quatro pontos de distância. Não é fácil derrotar o Fluminense no Maracanã, mas o time alvinegro fez um bom primeiro tempo, caiu no começo do segundo e voltou a jogar bem de sua metade para a frente. O campeonato começa a se desenhar apenas para duas equipes: Corinthians e Atlético. Os demais parecem mesmo que vão disputar apenas vaga na Libertadores. O Sport, sensação do turno, caiu de forma assustadora, e hoje já não figura no grupo seleto. O Brasileirão é um campeonato de regularidade, e quando os jogos se sucedem, quarta e domingo, a gente percebe quem tem grupo forte para continuar na luta. As outras equipes vão ficando pelo caminho.

A torcida alvinegra tinha preocupações: a queda do time, que fora eliminado da Copa do Brasil pelo Figueirense, de porte médio, que não tem a grandeza do Galo. Principalmente o Galo planejado por Alexandre Kalil, que se tornou vencedor. E Daniel Nepomuceno segue querendo títulos. Por isso, ficou chateado com a eliminação precoce e preocupado em saber o que estava acontecendo. A segunda preocupação era a arbitragem, que tende para o Corinthians. Mas Nepomuceno manteve Levir, mesmo porque não há técnico bom desempregado. Culpi é treinador de ponta, não há o que contestar, mas complica determinados jogos por sua teimosia e invenção. Ontem, deu certo, mas parte da torcida ainda não entende os motivos de o time não ter um reserva imediato para Lucas Pratto, já que Jô e André foram mandados embora. Outra coisa curiosa é que Dodô não entra na equipe. É jovem, talentoso e de qualidade, mas parece que o técnico não enxerga assim.

São muitas detalhes que podem fazer de um time campeão ou não. Já disse e reafirmo que o Galo é um dos grupos mais fortes da competição e um time que, quando joga bem de verdade, enche os nossos olhos. Mas aquele futebol do primeiro turno, até a décima quinta rodada, caiu nas últimas e isso gerou preocupação. Eu ainda acredito que o Galo possa dar uma arrancada daquelas e ultrapassar o Corinthians. Para isso, porém, é preciso reencontrar o futebol de primeira linha e não perder pontos para os times pequenos. Clássicos são decididos em detalhes, e um time pode ganhar em casa e perder fora ou vice-versa. Não pode é perder pontos para equipes que brigam para não cair. Outro detalhe é pontuar na casa do adversário. O Atlético chegou ontem a sua sexta vitória fora de casa e pode aumentar essa marca. Precisa aumentar se quiser chegar ao título. O Corinthians ainda não oscilou para baixo neste campeonato. Primeiro, porque a arbitragem não deixou. Segundo, porque tem um grupo muito forte e garotos que, quando entram, dão qualidade. Nesse ponto Tite sabe mexer o doce direitinho. Mas o Corinthians não joga bonito como o Galo. É eficiente, sim, mas não enche os nossos olhos.

O segundo turno começou semana passada, mas já é nítida a diferença de Corinthians e Galo para os demais. O Timão abre 12 pontos do quarto colocado, ao passo que o Galo abre oito. Por isso o campeonato começa a ser disputado quanto à conquista apenas pelo time mineiro e pelo paulista. Tirar diferenças grandes assim implicará em que ambos percam três ou quatro jogos consecutivamente, e acho improvável que isso aconteça. O Atlético terá a chance de diminuir a diferença quando pegar o Corinthians em BH. Vencendo, se estiver bem até lá, vai colar no líder e obrigá-lo a não perder mais. Acho que será uma reta final emocionante e de alto nível. Que o Atlético consiga reencontrar aquele belo futebol do começo do turno, quando liderou boa parte da competição e que seu técnico mantenha a coerência e não invente. Ontem, até que deu certo, mas isso não é regra e, sim, exceção. Patric era um lateral limitado e jamais foi atacante. Atuar daquela forma no Sport, onde ele jogou, é uma coisa. No Galo, é outra. E vale lembrar que há poucos dias ele não fazia mais parte dos planos do clube, já que tem contrato assinado com um time turco. Mas o que importa para o torcedor alvinegro é saber que o Galo venceu no Maraca, tirou mais um time de sua cola e segue firme em busca da taça. Como diz um amigo meu, ele não gosta de futebol e sim do Atlético. Apenas isso. E esse é o sentimento de uma grande nação que se tornou vencedora de 2013 para cá e que nunca mais quer ver o outro lado da moeda. Vejam que daquele ano para cá o Galo tem disputado todos os títulos que surgem pela frente. A exceção foi a Copa do Brasil deste ano. Mas no Brasileirão ele segue firme em busca do objetivo. Eu vou continuar acreditando, e você?

Mais uma derrota
No Mineirão, o Cruzeiro, completamente modificado, até que começou bem, criou situações, mas um chute de Ricardo Oliveira de fora da área deu ao Santos a vitória e deixou o time azul com os mesmos números de pontos do Goiás, primeiro do Z-4. A torcida deu um show, empurrando o time nos momentos finais. Porém, a fase é terrível e nada dá certo. No fim, pediu a saída de Luxemburgo, achando quer já deu o que tinha que dar. Resta saber o que pensa a diretoria, pois tudo foi tentado em termos de time, mas nenhum resultado positivo aconteceu. O bicampeão brasileiro agoniza e faz sua gente sofrer.

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