Que a Macaca faça a parte dela

Aqui é Galo P....! Acreditando no título e com um futebol convincente, o Atlético não tomou conhecimento do Coritiba, dominou o jogo e venceu por 3 a 0 (foto). Jogou pressão para cima do Corinthians, que hoje pega a Ponte Preta. Se a arbitragem não ajudar o time da capital e ele jogar mal, uma vitória da Ponte deixa a distância do time mineiro para o Timão em quatro pontos. Lembrando que em novembro o Galo recebe o Corinthians, no Independência. Vale mesmo a pena acreditar. Recebi muitas mensagens de torcedores, dizendo que os jogadores atleticanos estavam fazendo corpo mole por não receberem salários em dia. Liguei para o presidente Daniel Nepomuceno, e ele me disse: “Somos o único clube do Brasil com salários na carteira em dia, e direitos de imagem também. Isso não existe. É intriga de gente que quer tumultuar nossa trajetória”. Como Nepomuceno é um homem sério, acredito nele. E, além do mais, os jogadores são profissionais e homens. Não acredito que um profissional faça corpo mole. O futebol é engraçado. Inventam coisas, criam situações que não existem, e isso vira verdade absoluta. Sabemos que o Atlético, desde a gestão Kalil, é um time organizado e que cumpre seus compromissos em dia.

Eu joguei a toalha semana passada, quando o Galo empatou com o lanterna Joinvile. Porém, não sou atleticano. Quem é, sabe muito bem do que esse time é capaz. Tudo é mais sofrido, mais complicado. Mas no final dá certo. Lembram-se da Libertadores e da Copa do Brasil? Quando ninguém mais acreditava, o Galo foi lá e faturou. Virou placares considerados impossíveis, e na Copa do Brasil, meteu 4 a 1 no Corinthians e no Flamengo. Mais que isso: derrotou Palmeiras e Cruzeiro. Acho Levir Culpi um bom treinador, mas se ele não tivesse tirado Leandro Donizete do time, acredito que o Galo ainda seria o líder. Teimosia à parte do treinador, os jogadores são os responsáveis por tudo o que acontece em campo.

Ontem, correndo com um amigo meu, cruzeirense, aqui no bairro, ele me disse que Lucas Pratto é fraco. Aquela dor de cotovelo, pois o time dele não conseguiu contratar o jogador. Esse atacante é excepcional. Fez um gol em cobrança de pênalti. Ficou um mês sem marcar, mas participa do jogo como poucos. Deu muitas assistências. Quem dera fosse o centroavante do meu Flamengo. Guerreiro é apenas um empurrador de bola para o gol. Pratto é um centroavante moderno, que participa do jogo o tempo todo. A vitória ontem, além de deixá o Galo mais perto do Corinthians, ajuda seu maior rival, Cruzeiro, que joga hoje com o Grêmio, no Mineirão. Aí quem tem que ajudar o Galo é o time azul, pois vencendo, afasta-se mais ainda do rebaixamento, e assim como o Galo o ajudou ontem, vai ajudá-lo, pois o Grêmio é seu principal seguidor. Para o torcedor atleticano, porém, o que importa é a vitória alvinegra.

CRUZEIRO

Se eu fosse Mano Menezes, colocaria os jovem Douglas Grolli na zaga, ao lado de Manoel. Já passou da hora de o Cruzeiro valorizar os jovens valores, pois vai precisar deles ano que vem. Bruno Rodrigo foi um excelente zagueiro quando tinha Dedé ao seu lado. Sem ele, é fraco, limitado, sem poder de recuperação. A vitória, hoje, será fundamental para ter tranquilidade necessária para se reorganizar para 2016. Sabemos que este ano foi um fracasso. O torcedor não entende, mas eu entendo. Ninguém fica no topo tanto tempo, e até dezembro, o dono do Brasil chame-se Cruzeiro. E vale lembrar que o único presidente bicampeão, de forma consecutiva, é Gilvan de Pinho Tavares.

Não vi evolução no Cruzeiro depois da saída de Luxemburgo. O time perde aqui e ganha ali, até escapar da degola, e continua jogando mal. Já disse que o problema é o nível ruim da maioria dos jogadores. Os técnicos dependem sempre de jogadores de alto nível. Sabemos que a safra é a pior da história, mas é preciso montar um grande time, pois o torcedor não vai aceitar mais uma temporada de fracassos. O importante hoje, entretanto, é ver o Mineirão lotado, a torcida dando força, e o Cruzeiro jogando bem.

EXCLUSIVO

Gerôme Valcke, ex-secretário geral da Fifa, tentou comprar um estilista brasileiro, pedindo propina para que ele fizesse os uniformes da Copa para os voluntários. Profissional ao extremo, o estilista recusou e fechou qualquer canal com Valcke.