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COLUNA DO JAECI

Robinho é a cereja do bolo

Se já via o Galo forte para a temporada ao manter a base, agora o vejo em condições de buscar taças, pois terá um ataque de peso, forte e promissor

postado em 14/02/2016 11:00

Edesio Ferreira/EM/D.A Press
A contratação de Robinho pelo Atlético e a desistência da venda de Lucas Pratto para a China por R$ 70 milhões mostram que o presidente Daniel Nepomuceno tem mesmo o objetivo de conquistar o bicampeonato da Libertadores e buscar o título brasileiro, que há 44 anos o Galo persegue. Sei que não é qualquer dirigente que recusa R$ 70 milhões por um jogador que custou R$ 10 milhões e fez apenas 12 gols no Brasileirão, a maioria de pênalti. Além disso, é quantia para clube nenhum pôr defeito, ainda mais com a maioria de pires na mão. Mas Nepomuceno sabe o que faz. Talvez tenha até negociado Pratto e deixado para entregá-lo apenas depois da Libertadores.
No mundo do futebol, tudo é possível. Volto a afirmar que ele só não mandou o argentino para a China porque Fred, do Fluminense, não quis conversar com o Galo. A ideia era anunciar Robinho (foto) e Fred, com a venda de Pratto. Mas que bom que ele conseguiu o ex-santista e manteve o gringo. Gosto de Pratto, pela sua movimentação e por ser um centroavante moderno, mas confesso que ele me decepcionou ao fazer apenas 12 gols no Brasileiro. Dizem que a bola não chegava. Vamos ver se agora chega, com Robinho.

Robinho é velho conhecido dos tempos de Seleção. Garoto do bem, que surgiu como espécie de novo “Pelé”, mas não vingou na Europa. Não foi bem no Real Madrid, no Manchester City, tampouco no Milan. Ele jogou bem mesmo foi no Santos. Todas as vezes em que voltou, infernizou defesas e levou o time a títulos. Tomara que seja assim no Atlético, que investe uma fortuna nele. Nepomuceno fez como Alexandre Kalil: buscou a cereja do bolo. O antecessor apostou em Ronaldinho Gaúcho, que virou um dos maiores ídolos do clube em todos os tempos. Se já via o Galo forte para a temporada ao manter a base, agora o vejo em condições de buscar taças, pois terá um ataque de peso, forte e promissor. Resta saber quem vai abastecê-lo, porque, se a bola não chegar, nada feito.

Mas o Atlético e sua gente pensam grande. Cansaram de ser vice no Brasileirão e vão apostar na conquista nacional depois de 44 anos na fila. Para a Massa alvinegra, quase uma eternidade. O bi da Libertadores passa a ser promessa quase real. Embora a competição seja traiçoeira, o time tem Diego Aguirre, técnico que a conhece como poucos. Foi campeão como jogador e vice como técnico do Penãrol. Ano passado, levou o Internacional à semifinal, com trabalho espetacular. Parabéns a Nepomuceno, por mostrar que sua prioridade são os títulos, não a venda de jogadores. Tomara que os R$ 70 milhões dos chineses não façam falta, que não se atrasem salários e se consiga manter a equipe forte e unida em busca dos objetivos. O maior patrimônio de um clube é sua torcida. E nesse quesito o Galo ganha nota 10, tamanha a paixão de sua gente.

Piada
Os estaduais são mesmo uma piada. Outro dia, o Fluminense jogou para 759 pagantes. Isso mesmo: 759 testemunhas assistiram ao jogo do tricolor pelo Campeonato Carioca. Por essas e outras, a Primeira Liga chegou para ficar e ganhará novos times na próxima temporada. Mais que o fator público e renda, que demonstram o sucesso da competição, é uma vitória política do presidente cruzeirense, Gilvan de Pinho Tavares, e dos clubes. Eles mostraram que podem se unir, criar a Liga Nacional e deixar a CBF por conta apenas da Seleção Brasileira, como ocorre no mundo inteiro. Estamos caminhando para a modernidade, embora em passos de tartaruga, mas já é grande evolução.

Alterosa no ataque
Continuo recebendo centenas de mensagens protestando contra o fim do Alterosa no ataque, maior audiência da emissora e vice-líder no horário. Reafirmo que a determinação partiu de São Paulo, do SBT, dono do horário. Reitero também que em breve teremos boas novidades.

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