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COLUNA DO JAECI

Vida privada, como o nome diz, pertence à pessoa

Acredito que Neymar esteja amadurecendo, gradativamente, mas precisa ter mais comprometimento com a Seleção

postado em 28/07/2016 12:00 / atualizado em 28/07/2016 08:22

Lucas Figueiredo / MoWa Sports
Neymar chamou a atenção do repórter Silvio Barsetti dizendo que “a pergunta dele era maldosa e que nem ele nem ninguém tem nada a ver com sua vida fora de campo”. Neymar está mais que certo. Não sou corporativista e acho mesmo que a vida dos atletas, fora de campo, não nos interessa, assim como a nossa também não interessa a eles. Temos que cobrá-los por suas atuações, com críticas ou elogios. Também concordo quando Neymar diz que tem 24 anos e uma fortuna na conta. Qualquer um de nós ficaria deslumbrado e iria querer ter uma vida social intensa. Até aí, estou com Neymar. Porém, quando ele está num grupo da Seleção, disputando Eliminatórias, e é suspenso da partida seguinte, ao invés de largar o grupo e ir para a balada, como fez após o empate com o Uruguai, deveria ter seguido com o time para a partida contra o Paraguai, em Assunção. Aí, não estamos nos metendo na vida particular dele e, sim, dizendo que o mais correto era se manter com o grupo, pois era capitão e teria de dar o exemplo. Outro ponto no qual discordei dele, veementemente, foi quando chamou alguns de nós de “babacas” pelas críticas aos jogadores pela eliminação na Copa América. Mas ele se desculpou e está tudo certo. Admitiu o erro e pediu perdão, publicamente.

Neymar é nosso maior jogador, não há dúvida. O quarto no Barcelona, que tem como protagonistas Messi, Iniesta, Luiz Suárez e ele. Não há como negar isso. E também já foi humilde para admitir que todos trabalham para Messi brilhar. É verdade. Messi é o gênio do time, é quem decide e quem ganha títulos. Acredito que Neymar esteja amadurecendo, gradativamente, mas precisa ter mais comprometimento com a Seleção. Particularmente, gosto muito dele como pessoa, sempre sorrindo, amável, jamais deixou de me atender. Seu pai também é um cara do bem, embora seja perseguido por parte da mídia. Vejo-o sempre ao lado do filho, aconselhando-o e cuidando dele. Acho que Neymar será fundamental na Olimpíada, vai ajudar o Brasil a ganhar o título e crescerá na Seleção principal, nas Eliminatórias. Vamos dar um voto de confiança ao nosso melhor jogador, um garoto do bem, exemplo para a garotada do mundo inteiro e que precisa brilhar na Seleção para que tenha o respeito do torcedor. Celebridade ele já é, pois os grandes jogadores de futebol têm status de estrelas de Hollywood, mas precisa confirmar em campo para ter o respaldo popular. Boa sorte, Neymar, e saiba que pelo menos da minha parte, sua vida particular jamais será questionada. Em campo, porém, farei marcação cerrada, pois acho que você pode dar muito mais do que tem dado, principalmente, à Seleção Brasileira. E saiba que o Brasil precisa muito de você nas Eliminatórias. Não podemos e não queremos ficar fora do Mundial, pela primeira vez na história.


Mano
Chegou, deu entrevista e treino. Agora é cuidar do grupo e levantá-lo. Será fácil? Não. Mano é técnico e não milagreiro, mas encontra o grupo muito mais forte do que o que deixou em dezembro, quando foi para a China e fracassou. Ganhou dinheiro, mas perdeu prestígio. Chamado de volta pelo Cruzeiro, não é o salvador da pátria, pois vai precisar de tempo para ajeitar o time e pô-lo para jogar ao seu gosto. Meu temor é que os torcedores estejam esperando que Mano leve o time ao G-4. Se ele o salvar do rebaixamento, sua missão estará bem cumprida. A realidade do time azul é essa. E não será fácil, pois ele terá 22 jogos para conseguir, pelo menos 30 pontos. É possível, sim, pelo grupo que tem, mas muito difícil, pois o Cruzeiro terá de reconquistar o respeito e o temor dos adversários.

Thiago Scuro, em entrevista a mim, no BHNews Esporte, canal 9 na Net, garantiu que Paulo Bento não seria demitido e que o projeto para ele era de médio prazo. Não resistiu às derrotas e ao clamor da torcida e mandou o português de volta. Bento disse que se soubesse que “seria assim, não teria nem vindo”, pois a cultura europeia não permite a demissão de um treinador em 70 dias de trabalho. No futebol, porém, verdades viram mentiras em 24 horas, ou menos. Quem manda é a torcida e ponto final.


Galo
Não há outro resultado que não a vitória alvinegra sobre o Santa Cruz, sábado, no Independência. De preferência, de mão cheia, pois o saldo de gols, numa competição nivelada por baixo, pode até ser fator de desempate para a conquista do título. Acho que o técnico deve escalar um meio-campo leve, com apenas Donizete na marcação, e liberar o máximo de atacantes possível. E, quem tem Pratto, Robinho e Fred, em forma, não pode escalar Maicosuel como titular. Mais uma incoerência dos técnicos brasileiros, que se sentem “deuses’ e intocáveis”.

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