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COLUNA DO JAECI

Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro. Daí sairá o campeão brasileiro

Se o Galo quiser mesmo ser campeão, terá de bater Flamengo e Palmeiras e ganhar dos adversários fracos, os quais venceu em sequência

postado em 25/08/2016 12:00 / atualizado em 25/08/2016 08:37

Leandro Couri/EM/D.A Press

Seis times estão na briga direta pela taça do Brasileirão neste ano. Palmeiras, Atlético Mineiro, Flamengo, Grêmio, Santos e Corinthians. Não acredito no Fluminense, pois Levir Culpi não tem a sorte dos ganhadores, tanto assim que em mais de 20 anos de futebol tem apenas dois títulos da Copa do Brasil e alguns campeonatos estaduais, que nada valem. A pontuação do campeão deverá ser baixa, levando-se em conta o equilíbrio técnico ruim, bem para baixo mesmo. O Palmeiras é o líder, com dois pontos a mais que o Atlético. O Flamengo é o quarto, mas levando-se em conta que dos ponteiros é o único quem não tem jogado no Maracanã, leva desvantagem. Na hora em que voltar para sua casa, com o peso e a força da torcida, será sério candidato ao título. O Galo tem, teoricamente, a faca e o queijo na mão, já que não há equipe referência, nem ele mesmo. O time tem oscilado, com momentos bons e ruins durante as partidas. Daí a desconfiança de meus amigos atleticanos. Aliás, vai aqui uma pergunta: se o nome do clube é Clube Atlético Mineiro, por que os torcedores não gostam quando se fala Atlético Mineiro?. É assim que ele é chamado no Brasil inteiro. Há vários Atléticos no Brasil. Com o grupo e time que tem, se não ganhar desta vez o Atlético Mineiro não ganha mais.

O Palmeiras tem a vantagem de ter hoje um dos melhores técnicos do país. Cuca é um treinador dedicado, correto e muito competente. Ficou brigado comigo, quando dirigia o Cruzeiro, porque eu disse que ele era bom técnico, mas perdedor. Ganhou, até hoje, em mais de 20 anos de carreira, apenas uma Copa Libertadores, com o Galo, em 2013. É pouco. Mas que ele é excelente técnico, não tenho dúvida. Ajeita e monta times como poucos. Foge dessa mediocridade enganadora que aí está. Mas precisa ganhar para ter o reconhecimento. Depois de um tempo, ele me pediu desculpas e hoje somos amigos. Torço por ele, pois pelo trabalho que faz merece ser campeão brasileiro. Não nesta edição, pois é claro que, profissionalmente, vou torcer pelo Atlético Mineiro. Mas se não der, aí vou pela paixão, e opto pelo meu Flamengo. E acho mesmo que o título vai ficar entre esses três. Claro que há outros três, citados acima, mas não acredito em Corinthians, Santos ou Grêmio.

Mas se o Galo quiser mesmo ser campeão, terá de bater Flamengo e Palmeiras, ambos aqui em BH. E ganhar dos adversários fracos, os quais venceu em sequência quando estava no Z-4 e questionado pela torcida. No returno, essas equipes batidas vão brigar para não cair, e os confrontos serão dificílimos. E há o agravante de o Atlético Mineiro jogar fora de casa, onde ganhou apenas três jogos até esta 21ª rodada. Muito pouco para quem pensa em título. E precisa encorpar mais, crescer na competição, se impor e criar medo no adversário. Parece que os próprios jogadores alvinegros não acreditam neles mesmos. Lembro-me de 2009, com Celso Roth, aquele péssimo técnico, quando liderava a competição, mas perdeu os cinco jogos finais e nem à Libertadores chegou. Espero que o torcedor não passe por esse dissabor novamente.

O Galo precisa ter uma regularidade, uma sequência de bons jogos, para que todos acreditem realmente que a fila de 45 anos sem ver a taça do Brasileirão vai acabar. Oscilando assim eu não confio.

Luan

Lembram-se quando escrevi uma coluna em que o médico Rodrigo Lasmar explicou o problema do jogador Luan? Pois é, ele disse que Luan tinha o “mal de cowboy” ao contrário, com as pernas em X, e que tinha problemas na cartilagem e meniscos. Portanto, jogaria algumas partidas e ficaria outras de fora. Precisa de um trabalho diferenciado. Rodrigo passou esse relatório à diretoria, que resolveu renovar com Luan por ter ele identificação com o torcedor. Sabedora, porém, de que a situação dele é essa e que não poderá jogar partidas consecutivas. Na Europa, Luan seria desligado do clube e agradecido pelos serviços prestados. Aqui, o paternalismo fala mais alto. Luan, realmente, é um profissional exemplar e dedicado, mas os clubes de futebol não são instituições filantrópicas.

Árbitro da vergonha

Vetado pelo Cruzeiro em 2010, depois de uma desastrosa arbitragem no Corinthians x Cruzeiro, quando deixou de marcar três penalidades a favor do time mineiro, e marcou uma inexistente de Gil em Ronaldo, quando Gil era zagueiro cruzeirense, Sandro Meira Ricci apitará o jogo do Cruzeiro no domingo. Ele foi perdoado depois de procurar o presidente Gilvan de Pinho Tavares. Acho indecente, imoral e conflitante. Tudo o que ele errar, a torcida não perdoará. E se errar a favor do Cruzeiro, estará fazendo média para se justificar. O melhor mesmo era tê-lo deixado na geladeira, esquecido, como nos últimos seis anos. Aliás, esquecido, não. Lembrado por ter tirado o título brasileiro do Cruzeiro e de Cuca há seis anos.

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