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COLUNA DO JAECI

Reta final precisa de grandes jogos

postado em 23/10/2016 12:00 / atualizado em 23/10/2016 12:50

O Brasileiro recomeça hoje, depois de uma parada para a Copa do Brasil, em que cariocas e paulistas ficaram chupando o dedo e terão de se contentar em ver pela tevê a partir de agora. Cruzeiro e Grêmio farão uma semifinal. Dois dos maiores ganhadores, com quatro títulos cada, que já decidiram a taça em 1993, voltam a duelar agora. A outra semifinal será entre Atlético e Internacional, com grandes chances de o primeiro chegar à final, pois o time gaúcho, ameaçado pela queda para a Série B, deverá priorizar justamente o Brasileirão, podendo atuar até com time reserva.

Ouvi o questionamento de um dirigente, dizendo que o Galo disputou 12 pontos na Copa do Brasil contra adversários de terceira linha e conseguiu se classificar, somando apenas cinco pontos. Mas a Copa do Brasil é assim. Mata-mata não é ponto corrido, e isso pode ocorrer. A CBF deveria rever o regulamento da competição, pois pondo os grandes clubes somente a partir das oitavas de final realmente dá respaldo para isso. Não é culpa do Galo ou de qualquer outro clube, e sim do regulamento. Tudo o que é combinado não é caro, e se assim os clubes assinaram, nada pode ou deve ser feito.

Vamos torcer por mais uma final mineira, a exemplo de 2014, pois seria um fim de ano fantástico para o nosso futebol. Vale lembrar que em sua única conquista o Atlético eliminou Flamengo e Corinthians com duas goleadas por 4 a 1 e foi campeão em cima do Cruzeiro com duas vitórias. Campeão de fato e de direito.

Alexandre Guzanshe/EM

Brasileirão

O Flamengo enfrenta o Corinthians no Maracanã, onde vai pisar pela primeira vez neste ano, já que o estádio esteve cedido para os Jogos Olímpicos e outras coisas mais. Pena que o rubro-negro não tenha tido sua casa na competição, pois não tenho dúvida de que estaria alguns pontos à frente do líder, Palmeiras. Tentaram, numa manobra sórdida, tirar os três pontos da vitória sobre o Fluminense, mas o STJD arquivou o processo e o Fla teve os três pontos computados novamente. Com 60 pontos, ainda tem chance de ser campeão. Se a decisão fosse mantida, poderiam entregar a taça ao Verdão. Aliás, estão doidos para fazer isso.

Mas não duvidem do Flamengo. Hoje, contra o Corinthians, com o Maraca lotado, vocês verão a força daquela camisa. Frequentei aquelas arquibancadas desde garoto, numa outra época é claro, quando havia futebol de verdade, não isso a que estamos vendo. Sei muito bem do que o Fla é capaz. Já vi o rubro-negro virar jogos impossíveis, considerados perdidos, em dois ou três minutos. Mas estou falando de Zico, Adílio e companhia, não dessa mulambada (com raras exceções) que joga hoje. Os jogos têm sido medíocres, de dar sono.

Os mineiros jogarão também hoje. O Galo recebe o Figueirense, que luta para não cair, e tem que vencer para ainda sonhar com a taça. Tem mais equipe, mais grupo, mas não sei se tem futebol convincente. Foi um fiasco nas últimas partidas. A torcida espera resposta melhor. E tanto não acredita, diferentemente do que cantam alguns, que tem sido criticada nos últimos confrontos por não lotar o caldeirão do Horto.

Na Bahia, o Cruzeiro enfrentará o Vitória precisando vencer para se afastar, cada vez mais, da zona da degola. A equipe baiana tem sido saco de pancadas dos grandes, e o Cruzeiro não pode perder a chance de faturar os três pontos, até mesmo para ter tranquilidade para disputar as semifinais da Copa do Brasil. Na quarta-feira, contra o Corinthians, o time de Mano Menezes fez sua melhor partida, mas ainda tem muito a evoluir. Tem praticado futebol abaixo da crítica e poderia salvar o ano com uma final da Copa do Brasil, além de se manter na Primeira Divisão.

Dos cinco clubes que jamais caíram, três correm risco: Cruzeiro, Inter e São Paulo. Mas não acredito na queda do time mineiro e do paulista, mas do Inter sim. Santos e Flamengo completam o grupo dos cinco que jamais foram para a Segundona.

Bem, a rodada de hoje deverá ser cheia de emoções e só espero que os grandes jogos se tornem realidade nesta reta final. Até aqui, no Brasileirão, não houve um jogo sequer que me tenha chamado a atenção, que tenha me tirado o fôlego, que tenha me feito reviver os tempos de ouro do nosso futebol.

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