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Levir acaba com concentração no Atlético em jogos de BH: "Se não cumprirem, quem sai sou eu"

Técnico tomou decisão por conta do "calendário ridículo" do futebol brasileiro

postado em 01/08/2014 18:14 / atualizado em 01/08/2014 18:54

Thiago de Castro /Superesportes

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press.

Não haverá regime de concentração no Atlético para o jogo deste domingo, contra o Atlético-PR, no Independência, às 18h30. O técnico Levir Culpi dá um voto de confiança para os jogadores, mas diz que a responsabilidade é toda dele.

“Vai ser assim e espero que todos possam entender. Vai fazer bem para todo mundo. Ninguém gosta de concentrar. Dormir com a família é muito melhor do que ficar 30 homens dormindo aqui no centro de treinamento”, afirma o treinador, que adotará a medida sempre quando o Atlético for mandante.

Caso a 'novidade' não dê certo, Levir avisa que poderá entregar o cargo para a diretoria, já que assumiu a responsabilidade da decisão. “Se eles não cumprirem, quem vai sair sou eu. Não passei para eles a responsabilidade”, ressalta.

O comandante alvinegro teve uma conversa franca com o grupo de jogadores. Ele espera que todos passem a noite de sábado em casa, descansando. Mas sair para jantar com a família é algo permitido. Depois, os relacionados se apresentam para almoço na Cidade do Galo às 11 horas de domingo.

“Tem que estar em casa. Não vai estar na concentração. Pode jantar com a família, tomar uma taça de vinho. Não vai é tomar o garrafão inteiro”.

Segundo Levir, a decisão se dá por conta do apertado calendário do futebol brasieiro. “A decisão é minha e é por conta do calendário ridículo que o futebol brasileiro tem. Os jogos são desgastantes, as viagens são longas e não temos horários bons”.

O comandante atleticano espera uma resposta positiva dos atletas, principalmente dos jovens. “Agora, temos que tomar um cuidado. São meninos jovens, que pensam diferente de quem tem experiência e isso pode levar a um erro ou outro. Mas aí vamos sentir se o grupo está fechado ou não”.

Sobre a decisão tomada, o treinador também comentou que o diretor de futebol Eduardo Maluf não é a favor. Mesmo assim, ele decidiu tomá-la e a vê como uma evolução no futebol brasileiro.

“Vejo muita cobrança sobre evolução do futebol brasileiro. Lá fora é feito isso, na Europa e no Japão. Como mandante, o jogador não se concentra e se apresenta para o jogo. Mas ele tem que estar em casa. É muito profissional isso. Se eu não conseguir esse entendimento, é porque não há capacidade no Brasil de se mudar as coisas. Tem que ser de cima para baixo. Maluf não vê dessa maneira, por exemplo. Mas digo, a gente faz algo para mudar essa situação, colocar o atleta profissional dentro do que ele tem para fazer e buscar o resultado”.

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