Gás para Levir e convocação à massa

Em meio a dificuldades em campo e financeiras, o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, sinalizou ontem que continua acreditando no trabalho do técnico Levir Culpi em busca do título do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, cuja estreia será na quarta-feira, contra o Palmeiras, em São Paulo. A declaração foi dada num dia em que havia rumores sobre possível demissão do treinador depois da derrota por 2 a 1 para o Flamengo, no Maracanã. Na semana passada, o dirigente e o técnico tiveram atrito após Levir criticar abertamente o planejamento de contratações da diretoria e o mandatário rebater via Twitter. Numa entrevista em que anunciou a redução do preço dos ingressos no Independência e sua desistência à candidatura a deputado federal, o clube garantiu que os salários atrasados do grupo alvinegro serão quitados nos próximos dias.

O presidente preferiu relevar a rusga invocando amizade antiga: “A situação está resolvida. Vou ter uma conversa com o Levir. Respondi via Twitter porque ele falou pela imprensa. Estamos, sim, com nariz empinado. Somos amigos e amigos conseguem resolver as coisas. Eu não guardo raiva de funcionário. Quando tenho raiva, mando embora. Vamos tomar uma cerveja juntos e acabar com tudo isso”. Sobre a instabilidade do time, ele foi para lá de brando. “O Atlético vem jogando bem, apesar da porcaria do jogo de ontem (quarta, contra o Flamengo). Mas jogamos muito desfalcados. Uma hora o time vai se arrumar, estamos arrumando. Queremos abraçar o time nesse momento.” Em 15 partidas sob o comando de Levir na competição, o aproveitamento é de 48,8% (seis vitórias, quatro empates e cinco derrotas). A equipe não vence fora de casa desde 22 de maio, quando bateu o Vitória por 3 a 2.

O Atlético tem dois meses de salários atrasados e promete pagar o vencimento de julho nos próximos dias. A situação do bloqueio de R$ 36 milhões pela Fazenda Nacional referentes a parte da venda de Bernard ainda está pendente, o que dificultou a vida financeira do alvinegro, conforme o dirigente. Kalil afirma que o futebol brasileiro, indistintamente, vive mau momento econômico: “Tem clube que paga o salário em dia, mas fica cinco meses com direitos de imagem atrasados. A saúde financeira vai mal. Eu sei de clube em Minas que não paga carne. Vamos tratar o futebol de maneira conjunta. São Paulo, Corinthians, Flamengo, Vasco, Botafogo têm problemas. Não é só a gente. Mas vamos pagar as contas e acabar o ano bacana”.

PROMOÇÕES Uma saída para minimizar a crise é garantir o estádio com sua capacidade máxima. A diretoria fará uma série de promoções para atrair torcedores ao jogo de amanhã contra o Internacional, às 18h30, no Independência, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os associados Galo na Veia Prata que comprarem ingressos no dia da venda exclusiva terão direito a mais um, podendo ser retirados até hoje, às 18h, na Loja do Galo (em Lourdes) e na Central de Atendimento Galo na Veia.

A oferta vale também para aqueles que possuem o cartão Galo na Veia Black. Além disso, houve redução nos preços dos demais bilhetes. O torcedor que adquiriu entradas em valores do primeiro dia poderá efetuar a troca e ter a diferença do valor devolvido.

Dois anos e meio depois de ser criado pelo Atlético, o programa Galo na Veia vive uma fase crítica: o número de sócios caiu quase pela metade na principal categoria (a Black), passando de 5,4 mil torcedores na época do lançamento para cerca de 2,5mil. Kalil chegou a cogitar a possibilidade de encerrar o programa de sócio depois de atrito com torcedores na decisão da Recopa Sul-Americana, contra o Lanús, no Mineirão. Na ocasião, associados reclamaram do local em que foram colocados no estádio, próximo à tribuna de imprensa. O dirigente disse ter sido agredido verbalmente.

“É uma queda natural, porque ela depende da fase do time. Os sócios ainda podem renovar suas cotas. Mas ainda é um programa muito importante para o clube. Acredito que em algum momento voltaremos a contar com todas as cotas”, afirma a diretora-executiva Adriana Branco, uma das idealizadoras do projeto. Para minimizar a queda na receita, o clube optou por dividir o setor dedicado ao Galo na Veia, abrindo espaço para outros torcedores, com ingressos a R$ 100.

ELE NO COMANDO
21
jogos

11
vitórias

5
empates

5
derrotas

40
gols marcados

29
sofridos

60,3%
de aproveitamento

* incluindo três amistosos, um jogo da Libertadores e dois da Recopa

Em promoção
Setor Quanto era Novo preço

Cadeira Minas R$ 30 R$ 10
Especial Minas R$ 60 R$ 20
Cadeira Ismênia R$ 50 R$ 15
Especial Ismênia R$ 100 R$ 30
Cadeira Pitangui R$ 50 R$ 15
Especial Pitangui R$ 100 R$ 30
Área VIP R$ 240 R$ 100

Os associados Galo na Veia (Prata e Black)
terão direito a uma cortesia. Menores de 12
anos, maiores de 60 e estudantes pagam a
metade em todos os setores