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Na Seleção, Tardelli já projeta a Copa de 2018

Atacante disse que disputar um Mundial "é um sonho, sempre foi e sempre será"

postado em 02/09/2014 10:27 / atualizado em 02/09/2014 10:46

Agência Estado

Rafael Ribeiro / CBF
Diego Tardelli está de volta à seleção brasileira. Feliz da vida por ter sido lembrado pelo técnico Dunga, o atacante do Atlético quer aproveitar o bom momento para convencer o treinador de que pode permanecer na equipe. Nesta entrevista exclusiva à Agência Estado, ele revela que seu sonho é disputar a Copa do Mundo de 2018.

Como você vê seu retorno à Seleção Brasileira?

Eu estava na expectativa desde o ano passado. As pessoas sempre comentavam que eu poderia ser chamado. Felizmente agora chegou uma nova oportunidade e será minha segunda vez com o Dunga. Fico muito feliz pela lembrança, estou focado e motivado para tentar ficar no grupo e, quem sabe, disputar uma Copa. Estou mais maduro e preparado.

Sua primeira convocação foi com ele. Tem boas lembranças?

Com certeza. Foi em 2009 e eu sempre gostei do trabalho do Dunga e dele como pessoa. Agora estou muito feliz por ele ter lembrado meu nome novamente. Na Copa de 2010, fiquei na lista de 30 jogadores, mas acabei não tendo chance de disputar o Mundial.

Aos 29 anos, você acha que tem condições de disputar a Copa na Rússia?

É um sonho, sempre foi e sempre será. Em 2018 vou estar com 33 anos, estarei mais maduro e querendo mais.

A eliminação do Brasil na Copa gerou muita repercussão. Após a goleada para a Alemanha, muito se discute sobre os problemas do País. Como você vê o nível técnico do futebol brasileiro?

É claro que passamos por um momento muito ruim após a derrota, com grande desconfiança, mas temos de valorizar os jogadores que temos aqui. O Brasil ainda tem grandes talentos e jogadores habilidosos. Claro que o resultado ficou marcado, mas vai servir de aprendizado. O Brasileirão é um dos melhores campeonatos do mundo para se jogar e muito jogador bom vem para cá porque sabe das qualidades dos jovens.

Muito se fala também dos problemas nas categorias de base. Você já disse diversas vezes que foi uma vítima por não receber conselhos e instrução quando era muito novo e muita gente achou que você iria se perder na carreira. Só que você deu a volta por cima, apesar das pedras no caminho. Como foi isso?

Estou em uma fase de grande maturidade, sou outra pessoa. Tenho família, filhos, e pensaria duas vezes antes de fazer o que fazia na época. Acho que dos 18 aos 24 anos muita coisa acontece, mas já passou, e deu tempo para me recuperar. Acho que todo jogador passa por isso. Consegui dar a volta por cima, acho que pude ser referência no futebol brasileiro como atacante, tenho orgulho, satisfação disso, e fico feliz de poder mostrar para aquelas pessoas que não acreditavam em mim que dei certo.

Quando você acha que deixou de ser um jogador-problema?

Quando coloquei a cabeça no lugar. Eu refleti e vi o que estava errado, isso tudo mudou o meu comportamento. Eu fazia coisas de moleque, próprias da juventude, e que todo mundo faz, não era nada demais. Mas algumas pessoas deixavam escapar para a imprensa e aí tomava grande repercussão. Os jovens de hoje vão continuar fazendo isso, mas o bom é que para mim já passou.

Quem te ajudou no carreira?

Tenho vários padrinhos. Gosto muito do professor Leão, que me trouxe ao Atlético, o presidente Kalil, a torcida do Atlético. Depois que cheguei aqui foi outro mundo. Fui artilheiro do Brasileirão e mostrei meu futebol.

É verdade que seu nome é em homenagem ao Maradona?

Sim. O Diego vem dele e o Tardelli é em homenagem a um jogador da seleção da Itália que meu pai gostava muito. Agora eu tenho dois filhos, a Pietra e o Dieguinho, que está com 3 anos e já dá para perceber que ele bate diferente na bola.

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