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ATLÉTICO

Um drama sem remédio

Além da série de contusões que deixou 11 atletas no departamento médico, Atlético se vê obrigado a fazer pelo menos uma substituição contra o Goiás por causa de suspensão

postado em 16/09/2014 11:00 / atualizado em 16/09/2014 08:55

Renan Damasceno / Estado de Minas

O técnico Levir Culpi continuará quebrando a cabeça para escalar o Atlético, que enfrenta o Goiás quinta-feira, às 19h30, no Serra Dourada, pela 22ª rodada do Brasileiro – último compromisso antes do clássico com o Cruzeiro, domingo, às 16h, no Mineirão. No empate sem gols com o Grêmio, domingo, no Independência, o treinador contou com o retorno do volante Dátolo, mas para encarar os esmeraldinos o Galo volta a ter um time completo de desfalques, já que Marcos Rocha recebeu o terceiro cartão amarelo e cumprirá suspensão automática. Alex Silva é o substituto natural.

Ontem, o volante Pierre, que se recupera de estiramento na coxa direita, fez atividade física no campo, mas não deve viajar com o grupo para Goiânia. Pierre, volante titular, que sofreu estiramento na coxa esquerda, também deu voltas no campo, mas não está liberado. Em coletiva, domingo, no Horto, o técnico Levir Culpi já havia sinalizado que não vai queimar etapas para ter os lesionados à disposição mais rápido.

“Liberar para jogar é um pouco perigoso. Já voltaram assim o Marcos Rocha e alguns jogadores. Não tiveram muito tempo de fazer o que é necessário, participar de parte técnica e tática, de alguns coletivos. A chance de causar uma nova lesão é muito grande. Temos de ter cuidado para fazer isso. Em breve, teremos elenco bem melhor do que agora”, espera Levir.

A falta de entrosamento, afirma o volante Leandro Donizete, tem afetado diretamente a campanha do Galo, que ainda não venceu no returno: perdeu para o Corinthians por 1 a 0 e empatou sem gols com o tricolor gaúcho. No domingo, o time enfrentou vaias de torcedores. “É difícil, pois não dá sequência. Entra um, sai outro. Saem quatro peças de uma vez.... É complicado”, analisou o volante, que prefere enxergar vantagens diante dos desafios. “Vejo pelo lado bom: quem está de fora tem a chance de se firmar. Como o Carlos, por exemplo, e agora o Alex Silva. Espero que ele aproveite bem a chance.”

Para o volante, ainda há tempo para a reação do Atlético, que está no oitavo lugar, com 31 pontos. “A gente está batalhando, mas as lesões estão atrapalhando. Sonhamos com a Libertadores. Sei como é bom jogar. Vamos batalhar, ainda temos 17 jogos pela frente. Vamos tentar a Libertadores, no mínimo.”

REFLEXÃO
Mas o principal mistério de Levir para o jogo no Serra Dourada é o aproveitamento do centroavante Jô, cortado dos relacionados para a partida com o tricolor gaúcho. Ontem, ele treinou com os reservas e garante que o corte serviu para reflexão. “O Levir conversou e foi claro comigo. Falou para eu descansar, pensar na fase que estou passando, sem gols. Eu entendi, ele foi inteligente em me deixar fora de um jogo para eu pensar, repensar. Tenho de treinar mais, me dedicar mais”, afirmou.

Jô não balança as redes desde 10 de abril, quando marcou o gol da vitória atleticano sobre o venezuelano Zamora, por 1 a 0, pela Libertadores. Já são 19 confrontos sem gols. O camisa 9 está confiante em voltar ao time quinta-feira. “Ele especificou bem. Disse que me tiraria desse jogo para eu descansar, pensar e, depois disso, não teve nenhuma conversa. Agora, é esperar os próximos treinos para ver o que vai acontecer”, disse o atacante, que fez treino de finalização ontem. “Eu tenho de continuar jogando, treinando. Quando você se concentra bem, você volta a fazer a coisa certa, o gol sai automático. Hoje (ontem), fiz um trabalho de finalização, que já ajuda. Não adianta ficar tentando explicar a fase. Tenho de treinar.”

Ontem, os titulares fizeram treino de reabilitação. Levir também vai poupá-los do treino de campo hoje, optando apenas pela musculação. A delegação viaja amanhã às 12h para Goiânia e faz o único treino tático às 17h.