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Kalil diz que clubes não têm culpa, cobra resposta de responsáveis e rebate Minas Arena

Presidente respondeu nota que dizia que apenas os torcedores alvinegros jogaram bombas na arquibancada, publicada pela empresa que administra o estádio

postado em 22/09/2014 12:18 / atualizado em 22/09/2014 12:51

Redação /Superesportes

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

O clássico entre Cruzeiro e Atlético, válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Mineirão, foi muito além das quatro linhas. Várias confusões entre torcedores mancharam a grande partida disputada no ‘Gigante da Pampulha’. Uma delas foi relatada na súmula do árbitro Marcelo de Lima Henrique, que comandou o superclássico, dizendo que as duas torcidas arremessaram bombas na arquibancada.

Concessionária do Mineirão e parceira do Cruzeiro, a Minas Arena soltou uma nota após partida dizendo que apenas a torcida atleticana soltou bombas nos rivais. As palavras da empresa foram rebatidas pelo presidente do Atlético, Alexandre Kalil, em entrevista à ESPN Brasil.

“Nota da Minas Arena e papel higiênico é a mesma coisa. Nota de empreiteiro dando palpite do que não entende não vale nada. O que vale é súmula. Eles não passam de aproveitadores que devem passar por uma CPI rapidinho”, disse Kalil.

O presidente alvinegro comentou ainda que não é ele que tem que afastar as torcidas organizadas do futebol e sim, a polícia e o Ministério Público. “O árbitro Marcelo de Lima Henrique relatou que as duas torcidas jogaram bomba uma na outra, senão fica parecendo que só a do Atlético jogou bomba. Cabe ao clube de futebol não dar ingresso e acesso para a torcida organizada. Quem prende bandido não é presidente de clube de futebol, é a polícia. Existe no futebol que o cartola é o demônio, que tem que prender e proibir a torcida organizada. Eu tenho que pagar folha de pagamento, olhar e resolver imposto. Quem prende é polícia. Tem presidente de torcida organizada do Atlético preso por causa de assassinato e está na cadeia. Quem tem que cuidar da segurança do estádio é o empreiteiro, que está enchendo o ‘pandu’ de dinheiro e que não tem responsabilidade com nada. Estou mandando um ofício para o governo de Minas Gerais perguntando o motivo de proibir a Polícia Militar de tomar conta da torcida. Temos que olhar muita coisa no futebol, com olho menos cruel para a ‘cartolagem’ brasileira. Tem que parar de achar que os cartolas têm culpa de tudo. A polícia tem que prender e a justiça condenar e colocar na cadeia. Eu não tenho nada com isso. Coloca na cadeia e apodrece na cadeia. Se eu der ingresso para torcida organizada eu renuncio à presidência do Atlético. Se o cara usa ou não a camisa da organizada não é problema meu”, completou.

Kalil voltou a criticar a CBF por proibir um grande número de crianças no estádio e diz que a organização deveria se preocupar em banir os ‘bandidos’ dos estádios. “Eu vou ao Mineirão desde 1964, levado pelo meu pai desde os cinco anos de idade e nunca tive problemas. Com efeito do álcool e bandidagem e aquilo de ‘em grupos são homens, sozinhos são covardes’, traz esses acontecimentos. Não estou falando especificamente da torcida do Cruzeiro, estou falando de torcidas. A única coisa que a CBF fez foi proibir crianças de entrar no campo. Os meninos estão proibidos, enquanto os bandidos continuam indo ao estádio. O futebol brasileiro precisa de um choque e o choque de gestão não é entrar de mão dada no campo, ouvir o hino nacional, que é uma ‘chatura’ e está sendo vulgarizado no futebol, e proibir a entrada das crianças no campo. Foram as três grandes atitudes tomadas para melhorar o futebol brasileiro, enquanto a gente assiste cenas de barbaridade provocadas pelas torcidas organizadas. Parece que eles são imunes, continuam impunes e eu não consigo entender como proíbem crianças no campo e deixam pessoas jogarem latas e darem tiros. Isso sim tem que ser combatido no futebol e não crianças. Entrar de ‘mãozinha’ dada e hino nacional não vão resolver nada”, concluiu.

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