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Torcedor na Libertadores de 2013, Jemerson se vê em 'afirmação' e projeta novas conquistas

Zagueiro foi destaque no Galo em 2014, quando ganhou a Recopa e a Copa do Brasil

postado em 06/01/2015 08:00 / atualizado em 06/01/2015 12:49

Arthur Sala Minoves /Superesportes , Rodrigo Fonseca /Superesportes

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Conforme o próprio Jemerson define, 2014 foi seu ano de ‘afirmação’ no Atlético. O jovem defensor, que havia estreado profissionalmente em julho de 2013, teve sua grande chance na última temporada. Ele não desperdiçou a oportunidade que veio com a lesão de um dos principais nomes do elenco alvinegro. Com a baixa de Réver, que operou o tornozelo esquerdo e ficou parado durante boa parte do ano passado, Jemerson se consolidou na defesa atleticana.

O jovem zagueiro, que havia atuado em apenas cinco oportunidades pelo Atlético em 2013, conseguiu entrar em campo em 37 jogos na última temporada. Jemerson superou até mesmo a concorrência do experiente Edcarlos para compor a zaga do Galo ao lado de Leonardo Silva.

"Foi uma temporada muito especial, foi a minha afirmação no Atlético e, graças a Deus, vieram títulos para coroar. Acho que posso definir como inesquecível e maravilhosa", disse ao Superesportes.

Jemerson acredita que o ponto de virada em seu ano foi a oportunidade dada por Levir Culpi durante a Recopa Sul-Americana. O zagueiro foi titular no confronto de ida, na decisão diante Lanús, na Argentina. Naquele instante, deixou de se ver como um suplente ocupando uma vaga no time principal. A titularidade se tornaria uma realidade em questão de tempo.

"Quando fui chamado para entrar na final da Recopa foi um recado, depois foi consequência do trabalho e da confiança do professor Levir. Fico muito feliz por tudo ter dado tão certo nesse início. Isso me traz muita motivação e muita vontade de fazer cada vez mais pelo meu clube e evoluir bastante para alcançar os objetivos da próxima temporada".

Além da Recopa Sul-Americana, o jovem de 22 anos conquistou a Copa do Brasil pelo Atlético em 2014. Na competição nacional, Jemerson foi titular em todos os confrontos do Galo, sem ser substituído em nenhuma partida.

Apoio à distância e timidez fora de campo

 Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Baiano natural de Jeremoabo, município localizado ao norte do estado, Jemerson aprendeu a viver longe de sua terra natal desde cedo. O zagueiro de 22 anos teve a primeira oportunidade em uma equipe em 2009, período em que integrou a base do Confiança, de Sergipe. Permaneceu lá por um ano, quando chamou a atenção do Atlético e teve que se distanciar ainda mais da Bahia.

A distância geográfica não separa a família da rotina do jogador. Jemerson atribui sua ascensão a esse apoio, considerado fundamental pelo atleta, que também destaca o papel da comissão técnica atleticana em seu amadurecimento profissional.

"A minha família, mesmo de longe, sempre me manda força, me motiva e tem uma palavra de carinho. Eles sempre foram fundamentais na minha carreira. Além deles, meu empresário e todos os meus colegas de clube, a comissão técnica. São as pessoas que mais apostaram e mim e fico muito feliz por dar um retorno bacana pra elas".

Na busca por esse 'retorno', o zagueiro revela muita segurança dentro das quatro linhas. Entretanto, a certeza nas decisões em campo contrasta um pouco com a timidez demonstrada em entrevistas. Sobre esse traço de sua personalidade, Jemerson recorda as orientações dos jogadores mais experientes do elenco alvinegro, seus ‘professores’ no Galo.

"Eu sempre digo que tenho um monte de professores aqui no Atlético. Léo, Réver, Edcarlos, Emerson, são caras que conversam muito comigo, me passam muita coisa e procuro me espelhar em todos eles, pegar um pouquinho de cada um e assimilar tudo o que eles conversam comigo, me orientam. Tenho muita sorte por tê-los ao meu lado nesse momento tão importante pra mim e também para o clube. A questão da personalidade, de sair jogando e tentar manter a posse de bola sempre que possível é uma característica. De vez em quando o professor Levir pega no meu pé, fica bravo comigo, mas é algo que carrego desde a base".

Pela base alvinegra, Jemerson disputou a Copa Sub-23 em 2010 e foi campeão da Taça BH de Futebol Júnior no ano seguinte.

Libertadores como 'prioridade' em 2015

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Com o título da Copa do Brasil, o Atlético conquistou vaga direta na próxima Copa Libertadores. Jemerson ainda não atuou pela competição sul-americana, mas já tem a conquista de 2013 em seu currículo. Àquela altura, já fazia parte do elenco profissional do Galo, mas acompanhou a conquista de outra forma. O zagueiro revelou que esteve nas arquibancadas dando seu apoio como torcedor em grande parte da campanha alvinegra. O jogador recorda que foi relacionado apenas para o confronto de dia diante do Newell’s Old Boys, mas não chegou a entrar em campo.

"Eu estava no time naquela época, já tinha subido para o profissional, mas acabei vendo a maioria dos jogos na arquibancada. Só fui para o banco naquela partida contra o Newell’s lá na Argentina. Agora, espero ajudar mais efetivamente, ter a oportunidade de jogar e buscar mais essa conquista para o clube. É o nosso principal foco".

A estreia do Atlético de Jemerson na Libertadores será fora de casa.O Galo visita o tradicional Colo Colo, do Chile, no dia 18 de fevereiro. No grupo 1, o alvinegro ainda terá pela frente o Atlas, do México e o Santa Fé, da Colômbia.

 

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